Ômega-3 e autismo
O ômega-3 (EPA + DHA) é um importante ácido graxo que promove inúmeros benefícios à saúde. No entanto, um estudo pequeno recente demonstrou que os suplementos de ômega-3 não promoveram benefícios nos sintomas de autismo e no desenvolvimento de linguagem de bebês e pré-escolares com autismo.
O ácido eicosapentaenoico (EPA) e o ácido docosaenóico (DHA) são importantes para o desenvolvimento e função cerebral. Durante o último trimestre da vida getal e os dois primeiros anos de vida, o cérebro passa por um período de crescimento rápido. O DHA é necessário para o desenvolvimento dos sistemas sensoriais, perceptuais, cognitivos e motores durante o crescimento cerebral acelerado. O EPA, por outro lado, é encontrado no leite materno e tem papel crucial na função cerebral e imune.
O estudo recente avaliou 38 crianças com autismo (28 meninos e 10 meninas), entre 2 e 5 anos de idade. Metade recebeu um suplemento líquido contendo 1,5g de EPA e DHA. Essa é a dose máxima de ômega-3 recomendada pela Health Canada. Pois, o suplemento de ômega-3 pode causar problemas gastrointestinais, as crianças começaram com uma dose de 0,75g, e então aumentaram para a dose total após duas semanas se nenhum problema ocorresse.
Após 6 meses, os pesquisadores realizaram avaliações padrões de sintomas de autismo, problemas de comportamento e desenvolvimento de linguagem. Os resultados não mostraram benefícios com a suplementação de ômega-3. No entanto, o estudo tem um número pequeno de participantes e, portanto mais estudos devem ser realizados com um maior número de pessoas e de preferência de mais idades.
Referência
https://www.autismspeaks.org/science/science-news/autism-study-fails-show-benefit-omega-3-fatty-acids