Entre suas muitas profissões, é professor de música, regente de coral, ator e diretor de teatro, sonoplasta e operador de iluminação.

Por Juliane Ioris
Silvio Rodrigues nasceu na cidade de Pato Branco, no dia 14 de dezembro de 1969. Filho de Waldomiro e Maria Rodrigues, casado com Elizandra Schnaider Sagaz, pai de Chrislaine Mayara Rodrigues e avô de Davi Rodrigues.
Silvio é professor de música, regente de coral especializado em musicalização infantil, ator e diretor de teatro, sonoplasta, operador de áudio e iluminação, promotor de eventos, músico e cantor, já foi professor de danças tradicionalistas e ministrou curso de oratória.
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Seu Waldomiro Rodrigues e o irmão eram músicos, tocavam em festas e, aos 12 anos, Silvio começou a acompanhar o pai. Quando seu Waldomiro flagrou o filho mexendo no violão, perguntou se Silvio queria aprender a tocar. Porém, antes, ensinou a afinar o instrumento. “Depois de aprender a afinar, ele me ensinou a tocar, ele tocava de ouvido e me ensinou da mesma forma, não sabia nada de notas musicais”, diz Silvio.
Na época da escola, a família se mudou para a cidade de Chopinzinho e Silvio era um menino muito tímido, ficava na fila de trás do coral da igreja e começou a tocar violão acompanhando os cantos. Numa ocasião, a vocalista do coral se ausentou e uma das freiras responsáveis convidou Silvio para cantar. A Irmã Franciscana não fazia ideia se ele sabia, mas pediu que ele desse início na música “Luar do Sertão”. Depois dessa apresentação, Silvio cantava sempre e foi para a fila da frente.
Primeira banda e desenvolvimento
Sempre envolvido na igreja e na escola, Silvio ajudava nas apresentações artísticas. Ele e os amigos montaram uma banda de garagem que se inspirava nos Titãs. Era guitarrista, mas percebeu que não era a mesma coisa que tocar violão. Logo depois, começou a tocar para acompanhar um gaiteiro, então sentiu que precisava fazer aulas com professor particular, para aprender tocar por notas.
O professor ensinava sertanejo e, quando parou de dar aulas, o aluno Silvio foi substituí-lo, pois havia se aperfeiçoado e aprendido outros estilos musicais. “Nessa mesma época, eu era da invernada artística do CTG Laços da Amizade, eu me apresentava na dança e comecei a me apresentar cantando e tocando, tive que parar de dançar. A primeira competição que disputei defendi a música nativista ‘Guri’ e fiquei em primeiro lugar, desde então participei de mais de 40 festivais e conquistei inúmeros prêmios desde primeiro até oitavo colocado”, conta Silvio.
Teatro
Paralelo a isso, ele fez um curso intensivo de teatro e conheceu Vilmar Mazzetto. Silvio já fazia apresentações na escola e agora se tornava profissional, o curso também habilitava na parte de iluminação, maquiagem artística e sonoplastia, além de atuação e direção. A partir de então, Silvio fez parte do grupo de teatro América e de grupos de São João e Pato Branco. Apresentou-se na peça “João e o Pé de Feijão”.
“Naquela época, o teatro era muito forte e muito discriminado. Eu procurava aproveitar todas as oportunidades extras que a escola proporcionava, tinha todos os horários comprometidos, me dedicava muito a cada um deles”, enfatiza o artista.
Algum tempo depois, Silvio começou a ser convidado para participar do júri nos festivais de música e trabalhava como músico freelancer em bandas fazendo guitarra e vocal. A filha Chrislaine também começou a participar de festivais. Sempre muito acelerado e fazendo atividades de diversas áreas, Silvio trabalhava na igreja e era ministro da Eucaristia e catequista.
Depois do primeiro casamento e nascimento da filha, a família se mudou para Planalto e ele assumiu um comércio da família e trabalhava numa rádio, só tocava em casamentos. Depois, Silvio foi trabalhar no Departamento de Cultura de Planalto e desenvolver teatro, música e canto.
Quando se divorciou, voltou para Chopinzinho e reencontrou Mazzetto, que o convidou para fazer parte da Thespis e morar em Marmeleiro. Além das atividades de teatro, ele acompanhava Mazzetto nas palestras e oficinas, fazendo a parte de sonorização, no início, mas logo estava nos palcos atuando em várias peças da companhia.
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Nova mudança
Quando Vilmar assumiu a Cultura em Marmeleiro, convidou Silvio para trabalhar nas oficinas de violão. Foi lá que ele conheceu Elizandra e começaram a namorar. Depois de oito anos trabalhando em Marmeleiro, quando Mazzetto assumiu a Cultura em Renascença, Silvio foi trabalhar como técnico de som do teatro da cidade e dar aulas de violão e coral. Elizandra estudava em Francisco Beltrão e foi então que Silvio resolveu se mudar novamente e eles se casaram.
Nesse tempo, ele regia os corais municipais infantil, adulto e da terceira idade e continuava na Thespis. Em Beltrão, Silvio veio trabalhar no Departamento de Cultura como técnico de som e luz do Teatro Eunice Satori, há sete anos — há dois trabalhando novamente com o amigo Mazzetto.
“Muitas pessoas não fazem ideia da importância da iluminação e sonoplastia nas apresentações artísticas, é preciso saber usar a luz certa e o som correspondente para cada tipo de espetáculo. Os bastidores das apresentações são muito importantes para garantir o sucesso da apresentação. No decorrer da minha vida, tive grandes mestres em várias áreas artísticas, agradeço a cada um dele pelo aprendizado”, comenta Silvio.
Silvio conta que trabalhou em outras áreas, como na área administrativa da Apae, por exemplo, mas o mundo artístico é muito fascinante e ele acabou retornando. “As pessoas precisam ser verdadeiras em tudo que fazem, qualquer coisa que for fazer, deve ser feito com dedicação. Um dos segredos do sucesso é ter humildade e foco, independentemente da profissão. Eu amo meu trabalho”, finaliza Silvio.