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Por Juliana Raddi
A realidade das pessoas diagnosticadas com Covid-19 e que necessitam de internamento ou vagas de UTI está cada vez mais desesperadora. Hoje, vivemos um aumento no número de pessoas infectadas, de modo que as vagas disponíveis, principalmente pelo SUS, não são suficientes.
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Agora, o que você faria caso tivesse dois familiares necessitando de UTI e houvesse vaga disponível apenas em hospital particular? Posso apostar que você não pensaria duas vezes, pois nesse momento o sentimento é de total impotência e desespero. Afinal, qual é o preço da vida?
A beltronense Luciana Strach passou por essa situação para salvar a vida de seu filho Matheus Strach Renck, de 16 anos, e seu marido Valdair Renk, de 48 anos. Ambos tiveram complicações graves e precisaram ser internados. “Meu filho ficou uma semana internado, deu alta na sexta-feira, e no domingo, do Dia das Mães, meu esposo internou.” No segundo dia de internamento, os médicos pediram para Valdair avisar a família que suas chances eram poucas, já que as medicações não estavam surtindo efeito e a infecção do pulmão estava em 75%.
“O médico explicou que havia uma dose disponível de uma medicação que poderia reverter o quadro.” Não havia nenhuma certeza, mas Luciana não pensou duas vezes, “uma pessoa saudável e que, de repente, começou com uma dor no pulmão, piorar muito rápido e sem vaga no SUS, você vai deixar morrer? Nem que empreste dinheiro, venda o que tiver, pede ajuda, socorro… é a tua família, né?”. Após 24 horas da aplicação, exames apontaram que a medicação começou a combater a infecção e quando Valdair ganhou alta, o sentimento foi de alívio e gratidão pela vida.
No entanto, logo veio a preocupação com a questão financeira. Com o internamento do marido e do filho, a conta do hospital chegou a R$ 35 mil, além dos gastos com as medicações em casa. “Eles estão tomando a medicação para embolia pulmonar, tomando remédio para próstata, porque o vírus atingiu vários órgãos. Fora a medicação manipulada para colocar no inalador.” Segundo Luciana, essas medicações são caras e não estão disponíveis na rede pública.
Como a imunidade de ambos ainda está muito baixa, é necessário redobrar os cuidados e Luciana teve que pedir demissão para ficar em casa e cuidar deles. “Eu não estou trabalhando, e ao menos pelos próximos 30 dias vou ter que ficar em casa. Então a gente fez uma rifa no valor de R$ 20,00, claro que ela não vai abonar tudo, mas pelo menos a metade para nos ajudar nessa luta.” A família reside no Bairro Guanabara em Francisco Beltrão.
Luciana destaca que não gostaria de estar fazendo esse apelo, mas conta com a solidariedade da população. “Eu tenho certeza que tem pessoas boas que vão nos ajudar, de pouco em pouco sei que vamos conseguir. Eu acredito em Deus, acredito em pessoas boas de coração, assim como as que já estão no meu caminho. Tenho que só agradecer a Deus porque a minha família voltou para casa, e muitos não tiveram essa oportunidade de voltar.”

Contato para adquirir a rifa
WhatsApp: (46) 9 9984 7740 com Luciana
Sicredi
Agência: 0740 CC: 49756-8