
A Unioeste, campus de Francisco Beltrão, divulgou mais uma edição do “Diagnóstico da percepção da população de Francisco Beltrão sobre o acesso à justiça, o conhecimento das leis, a violência e a segurança”. O estudo foi elaborado por professores e estudantes, sob a coordenação do doutor Adilson Alves, e abordou temas que fazem parte do cotidiano dos moradores.
Foram realizadas 387 entrevistas com pessoas de mais de 16 anos de idade, do campo e da cidade. O intervalo de confiança estimado é de 95%, com margem de erro estimada em 5 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.
A pesquisa começou em 2009 e será realizada até 2019 com o objetivo de verificar como e se o desenvolvimento econômico se traduzirá em desenvolvimento social. “Podemos, com as pesquisas de campo, observar as mentalidades, por exemplo, quantificar se o aumento da escolaridade ou renda modificam as percepções que os cidadãos têm dos diversos aspectos da sociedade.”
De acordo com ele, a percepção da população sobre os serviços públicos, a sensação de segurança e bem- estar (ou a percepção de tranquilidade), assim como o acesso à justiça são elementos fundamentais das sociedades democráticas – o atendimento a essas questões garante uma vida com mais qualidade à população, além da segurança jurídica e institucional da sociedade e do Estado.
Para 78,6% dos beltronenses ouvidos, a violência no município aumentou. Outros 15,2% disseram que se manteve a mesma e apenas 3,1% falaram que diminuiu. Para 41,1%, é a violência dos bandidos que mais incomoda, seguida pela violência no trânsito 21,7%, pela violência na família 15,5%, violência da polícia 6,2%, violência na escola 5,2% e violência no bairro 2,6%.
Uma das questões levantadas neste ano foi o aumento da procura por segurança privada. Dos entrevistados, 17,8% disseram que utilizam algum tipo de serviço de segurança particular, evidenciando a dificuldade do Estado em conter o aumento da criminalidade. Por outro lado, os beltronenses passaram a confiar mais nas forças de segurança do que na pesquisa passada. O índice de confiança na Polícia Militar é de 62% e na Polícia Civil, de 65,9%.