Entrevistados consideraram 2016 um ano difícil tanto politicamente quanto financeiramente para o País, mas esperam que 2017 seja melhor.
“Não foi muito bom esse ano que passou”, afirmou Inês Pedron, de Salto do Lontra. “Só teve roubalheiras no País, teve mortes uma em cima da outra. Foi um ano de desencanto.”
Desencanto também foi o que sentiu o professor José Luís de Quadros, de Marmeleiro. “Pessoalmente, foi um ano bom, tranquilo até, mas para o Brasil como um todo a gente esperava mais.”
Para Janice Pancera, que trabalha no Posto de Saúde de Salgado Filho, 2016 foi “um ano mais ou menos. “Nas conquistas pessoais até que não foi ruim, mas financeiramente, se for ver o País como um todo, foi um ano muito ruim, um ano de crise”.
A beltronense Lorena Valdameri concordou: “Para mim, o ano até foi bom, porque tendo saúde tudo vai bem, mas para o Brasil foi um ano turbulento”.
Maria Luísa Rothe Mayer, de Dois Vizinhos, pensa parecido: “Pessoalmente eu não posso reclamar, mas para o País foi um ano bem ruim. Foi triste na política. Não temos mais confiança nas pessoas votadas, porque a gente tá vendo que são todos corruptos”.
Dona Maria, que já tem 83 anos, foi ainda mais longe: “Eu achei o fim da picada a mudança da Previdência Social. Para quem começar a trabalhar com uns 15 anos vai dar, mas quem demorar um pouco mais não vai conseguir se aposentar. Enquanto isso o Exército tem regalias, os governantes têm regalias, porque só o povo não tem?”.
Maria, Lorena, Janice, José e Inês são assinantes do Jornal de Beltrão, assim como dona Luiza Correia Ribeiro, de Realeza. A reportagem conversou com Miriam Machado da Silva, que ajuda a cuidar de dona Luiza. “Pessoalmente 2016 foi um ano bom, um ano maravilhoso. Com certeza passamos por dificuldades, mas nada que não desse para superar”, disse Miriam. Mesmo assim, ela lembrou que o ano foi marcado por mortes e guerras e espera menos tragédias para 2017.
Esperanças de futuro
O professor João Abel dos Santos, de Ampere, também é assinante do Jornal de Beltrão e afirma: “Considerando todas as sacanagens políticas que aconteceram, até que 2016 não foi tão ruim”. O professor mostrou esperanças para o futuro, vendo no ano que está começando a possibilidade de o País sair desse período de crise. “Estamos otimistas, vendo ações do governo com boas intenções, interesse para o bem do povo, podemos ter um bom governo”, comenta o professor.
Ele destaca que, enquanto o povo votar interessado apenas em benefícios próprios, o País continuará caótico. “A esperança está na juventude. Precisamos investir em ensinar as boas intenções na escola, que devem dar conhecimento político e valorizar o que é bom e ético”, sugeriu.
E a esperança de um 2017 melhor do que o ano que terminou não era só do professor João. Miriam, que lamentou as guerras e matanças que marcaram os noticiários de 2016, disse que acredita em um 2017 de paz.
Lorena afirmou que espera uma melhoria e se apega à fé para fazer sua parte: “Nas orações, sempre pedimos que Deus abençoe as pessoas responsáveis na política e também pedimos por paz nos países que estão sofrendo com guerras”.
Janice conta com um 2017 melhor também no município de Salgado Filho, onde vive: “O que a gente espera é que o administrador saiba valorizar os profissionais e que venham muitos projetos novos e conquistas”.
Para Inês, “um ano novo melhor é possível, a gente acredita nisso, mas precisa de um governo sério”.
Maria acrescentou: “Para 2017 temos esperança, mas tem que melhorar tudo dentro da política no País”.
Para o professor José, essa melhora já começou: “Já tô faceiro, porque na história do Brasil a gente nunca viu tanto político indo pra cadeia. Então isso começa a moralizar. Agora eles vão pensar duas vezes antes de roubar. Então a expectativa é que as coisas comecem a entrar nos eixos”.
Já dona Luiza Correia Ribeiro aproveitou a ocasião para desejar a todos um ótimo ano novo, cheio de felicidades.