Geral
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O pedreiro João Caetano Rosin está com 58 anos. É natural de Barracão. Chegou em Francisco Beltrão em julho de 1971. No dia 25 de fevereiro de 2013, ele sofreu um grave acidente e só sobreviveu por milagre. Foi numa terça-feira, às 11h15, João estava rebocando a platibanda de um prédio de três andares no Bairro Vila Nova, em Beltrão. Ele foi mudar de lado para continuar rebocando, estava com carrinho-de-mão cheio de massa. E para atravessar passava por cima de uma tábua de eucalipto, com 15 cm de largura. A distância era de três metros. Quando chegou na metade do caminho, João desmaiou e caiu de uma altura de 12 metros, por sorte não se enroscou no padrão de luz, e também desviou da cerca feita para isolar a obra.
Seu corpo caiu ao lado do meio-fio, na rua. O carrinho-de-mão caiu do seu lado. Seus colegas de trabalho, Ademir Padova e Airton Girardi, só ouviram o estouro. O primeiro a chegar no local do acidente foi o padre Ary Van Bryel, que mora em frente. O padre achou que João havia sido atropelado por um carro, pois tinha perdido muito sangue. Quem estava ali achava que João já tava morto porque não se mexia. Imediatamente, João foi socorrido pelo Samu e levado para o Hospital São Francisco. Lá chegando, foi atendido pelo dr. Antônio Cortez.
Foram três horas de cirurgia. Depois, foi descoberto o motivo do seu desmaio. Deu nele uma hipoglicemia, com perda de consciência. O seu diabetes estava em 550. João teve muitos ferimentos. A perna direita foi a primeira a tocar o solo. Com o impacto, destruiu o osso da parte de baixo de seu pé. Na sequência, bateu a perna esquerda, destruindo a patela do joelho. Também quebrou o pulso do braço esquerdo.
Ele sofreu um profundo um corte em cima da sobrancelha esquerda, onde foram feitos seis pontos. E também surgiu um coágulo de sangue no cérebro. João ficou uma semana na UTI. Quando teve alta começou a ter convulsões devido ao coágulo no cérebro. Então passou por uma cirurgia para fazer a retirada do coágulo e ficou bom. João começou a conhecer as pessoas e lembrar do que aconteceu somente três meses após o acidente. Ele ficou oito meses de cama e sentia muita dor. Chorou muito, quase teve depressão, achou que nunca mais iria conseguir caminhar. Mas com muita fé, conseguiu se recuperar. Sua perna direita ficou menor e para compensar essa diferença ele usa um calçado especial. João não pôde mais trabalhar, foi aposentado por invalidez. Ele diz que preferia estar trabalhando.
O acidente mudou a vida dele. Mas, mesmo assim, ele está bem feliz e agradece todos os dias por estar vivo. João diz que as partes do seu corpo que foram lesionadas ainda doem muito. Ele mora no Bairro Luter King com sua companheira, Nadir da Rosa Fonseca. Dia 1º de agosto serão dois anos que estão juntos.
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