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Francisco Beltrão
sexta-feira, 06 de junho de 2025

Edição 8.220

06/06/2025

Pedro Albino, uma pessoa especial

No último dia 11, sexta-feira, mais uma pessoa teve a vida ceifada prematuramente pela Covid 19.

Dra. Ilse Lora e Pedro Albino Vilande: convivência no trabalho e amizade de muitos anos.

Pedro Albino Vieira Vilande, que durante cerca de 18 anos residiu e trabalhou em Francisco Beltrão, não resistiu à cruel doença e faleceu em Joinville, onde esteve internado em estabelecimento hospitalar por cerca de uma semana.

Pedro Albino, durante as quase duas décadas em que aqui permaneceu, deixou legado imorredouro. Veio para cá a convite da então Juíza do Trabalho da Vara Única de Francisco Beltrão, hoje Desembargadora, Ilse Marcelina Bernardi Lora. Conheceram-se em União da Vitória, em 1992, onde a Juíza Ilse atuou em substituição no início de sua carreira, durante um mês. À época, com a convicção que lhe era peculiar, Pedro Albino profetizou: “Ainda trabalharei com a senhora em futuro próximo”. Voltaram a se encontrar em Foz do Iguaçu, onde trabalharam juntos em parte dos anos de 1992 e 1993.
Com a promoção da Juíza Ilse para a titularidade da Vara do Trabalho de Francisco Beltrão, logo houve o convite para que Pedro Albino para cá viesse a fim de ocupar o principal posto da secretaria da unidade, que era o de Diretor. Convite aceito, mudou-se para Francisco Beltrão, acompanhado da família em 7 de janeiro de 1994.

Carismático, competente, culto, dotado de distinta espiritualidade, logo conquistou a amizade e o respeito dos servidores, dos advogados e da sociedade em geral.

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Bacharel em Direito, havia sido anteriormente, dentre outras atividades, Delegado de Polícia. Investiu firmemente no aprimoramento da formação profissional, frequentando cursos de especialização, além de ter obtido o título de Mestre pela Unipar, campus de Umuarama.

Foi professor do Curso de Direito na Unoesc (Universidade do Estado de Santa Catarina), campus de São Miguel do Oeste, e no Cesul, em Francisco Beltrão.

Sandro Antonio dos Santos, Juiz do Trabalho com atuação em Francisco Beltrão e Pato Branco, conheceu Pedro Albino quando cursava Direito em São Miguel do Oeste, e lembra dele com saudade: “Pedro Albino não tinha apenas conhecimento, mas também simplicidade, características decisivas para a formação da excelência. Sempre simpático e atencioso, era aquela pessoa com quem as pessoas gostam de conversar. Grande homem, cuja presença honrava o ambiente em que se encontrava”.

No final de 2011 resolveu aposentar-se. A Juíza Ilse lamentou profundamente a decisão, por entender que Pedro Albino tinha ainda muita vitalidade e poderia perfeitamente continuar a contribuir com sua vasta experiência no âmbito da Justiça do Trabalho e da sociedade beltronense. Recebeu então justa homenagem, em jantar realizado no dia 29 de fevereiro de 2012, onde compareceram mais de trezentas pessoas, todas reconhecendo o legado de Pedro Albino, hoje rememorado.

Aqui residem alguns de seus familiares, que se encantaram por Francisco Beltrão. Moisés, seu filho, também advogado, resume o sentimento da família: “Meu pai foi uma pessoa incrível, alegre, distribuiu amor para toda sua família. Tratou sua esposa, filhos, netos, noras e genro sempre de forma amorosa e protetora. Excelente profissional, destacava-se por sua generosidade, ajudava todos. Costumava afirmar que poderia resumir sua vida com um versículo da Bíblia “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé (Timóteo, 4;7)”
Disse Betinho: “Quem fica na memória de alguém não morre”.

Pedro Albino permanecerá para sempre na memória de todos que o conheceram.

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