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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Pedro lançará “A culpa é do jeitinho brasileiro”

O jornalista pato-branquense aborda a política e a corrupção do eleitor em seu livro que será lançado no próximo dia 9 de agosto, em Curitiba.

 

 

Pedro e a coordenadora de marketing da editora
durante reunião de lançamento do livro,
previsto para agosto. 

 

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Jornalista, gestor de marketing e assessor de imprensa Pedro Rodrigues Neto conta que sempre teve por hábito analisar as pessoas e seu comportamento e isto, somado à experiência adquirida durante sua carreira na comunicação, o levou a escrever no ano passado o livro “A culpa é do jeitinho brasileiro”, que será lançado pela Editora Novo Século no próximo dia 9 de agosto, na capital paranaense.   

Curitibano de nascimento e sudoestinho por opção, Pedro revelou ao JdeB um pouco sobre a sua carreira na comunicação e sobre sua primeira obra, que terá uma tiragem inicial de aproximadamente cinco mil exemplares. O autor foi convidado a apresentar seu livro e participará de uma discussão sobre o tema central da obra com o público da Bienal Internacional do Livro de São Paulo. 

JdeB – Como foi o processo de criação deste livro?
Pedro – Trabalho com comunicação e marketing há muito tempo. O primeiro emprego da minha vida foi como entregador de panfletos por volta dos 14, 15 anos. Ao longo deste tempo, fui desenvolvendo o hábito de observar o comportamento das pessoas, até para eu poder aprimorar o meu trabalho. Quando entrei na faculdade de jornalismo, comecei a transferir este hábito para desenvolver os meus raciocínios e matérias. Quando passei a trabalhar com política na comunicação, eu passei a observar um padrão de comportamento não só dos candidatos, dos políticos, mas também da população de forma geral. Procurei acompanhar a forma que as pessoas se portavam, o que falavam e o que pediam. Eu comecei a coletar estas informações que me mostraram um padrão de conduta. 

JdeB – Você vinha produzindo o texto do livro há muito tempo? 
Pedro – Esse hábito de observar o comportamento das pessoas leva você a refletir, é inevitável que você gere uma opinião. As histórias sempre estiveram dentro de mim. Sempre tive opinião formada a respeito deste tema, mas decidi escrever durante as minhas férias do ano passado. Comecei a juntar estas histórias durante as férias, mas o processo todo durou uns seis meses. 

JdeB – O que o leitor pode esperar da leitura do seu livro? 
Pedro – Estas histórias são um contraponto do senso coletivo que temos de corrupção política, de que o político é corrupto e somente ele. Isso não é verdade. Tanto como repórter, assessor de comunicação, quanto como gestor de marketing pude observar que este processo é o que eu chamo no livro de simbiose política, ou seja, um depende do outro para que o processo ocorra. Hoje é muito comum você encontrar eleitores chefes de família que sem o menor pudor negociam os votos de toda a família.

E não é só o povo mais pobre que tem esta conduta, o contexto muda conforme a classe social aumenta. O eleitor mais pobre pede R$ 50 ou R$ 100, a classe média pede empregos, cargos e, quando a gente chega nas classes mais altas, a gente vê que existe principalmente por parte do empresariado todo um processo de interesse de favorecimento em licitações e compras diretas.

JdeB – Por isso o título?
Pedro – É difícil para um político que tenha propostas, ideais e projeto de governo trabalhar dentro de um sistema onde parte da população está mais interessada em ter benefício próprio. Isso é o jeitinho brasileiro, tirar vantagem sem pensar no coletivo. Ninguém nasce político, com número nas costas ou CNPJ de partido, tudo o que acontece no governo são hábitos e comportamentos adquiridos na sociedade. O brasileiro está acostumado a colocar a culpa no sistema, e não vê que ele é o executor disso. A gente cria demônios para justificar os nossos erros.

JdeB – Como está a expectativa para o lançamento do livro?
Pedro – A expectativa é muito positiva pelo momento que é um período eleitoral. E também porque as pessoas decidiram parar, pensar e reavaliar condutas e o modelo de política e governo que o Brasil tem. Falando como um produto, a gente acredita que tem grande chance de ser um sucesso de vendas. Mas independente disso eu já me sinto um vencedor em conseguir um espaço em uma editora de grande circulação como a Novo Século, e também por receber o convite para participar da Bienal Internacional do Livro de São Paulo. 

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