É um projeto novo, tem área adequada, mas precisa de apoio político e da comunidade.

Dia 24 de janeiro, no Aeroporto de Francisco Beltrão, enquanto esperavam a chegada de uma remessa de vacina contra a Covid-19, encontraram-se o vice-prefeito de Francisco Beltrão, Antonio Pedron, e o prefeito de Renascença, Idalir Zanella.
Logo entraram num assunto preferido para os dois: o Aeroporto Regional do Sudoeste, que está programado para sair em Renascença, ficando equidistante das duas principais cidades do Sudoeste, Francisco Beltrão e Pato Branco.
O projeto continua? “Até agora, ninguém disse pra parar”, falou Pedron.“No Plano Aeroviário do Paraná agora tem o Aeroporto de Renascença”, emendou Idalir. “E tem registro também na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil)”, completou Pedron.
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O diálogo foi curto, mas eles marcaram um encontro específico para isso. Durante a semana, Pedron, que é o coordenador do projeto aeroporto regional na Amsop, foi recebido em Renascença pelo prefeito Idalir.
“O prefeito também pensa que o aeroporto é fundamental para o Sudoeste, é como uma rodovia, uma estrada aérea”, resumiu Pedron.
Por que defendo tanto? Pedron faz a pergunta e depois responde: “É um projeto novo, sai do zero, tem área apropriada, e como tem a possibilidade de ser construído, vamos até o fim”, afirma.
Outro argumento de Pedron é que “os aeroportos de Francisco Beltrão e de Pato Branco nunca serão favoráveis para aeronaves de médio porte, porque estão localizados em áreas urbanas”. “Eles – pessoal da Anac – exigem áreas grandes e afastadas de cidades e de aterros (pra evitar presença de aves como corvos, que são uma ameaça para as aeronaves). O terreno que nós temos oferece todas essas condições.”
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Sobre custos, Pedron afirma que não é de um bilhão, como tem sido divulgado, e sim cerca de 250 milhões. A pista está projetada para 1.600 metros de extensão, mas pode começar com 1.900 metros. “E não é dinheiro jogado fora, porque cada recurso tem seu setor específico, se nossa região não investir no aeroporto não irá receber esses recursos para outras áreas.”
Apoio político é necessário
“Por que insisto que a comunidade tem que apoiar? Porque algumas lideranças acham que, para a nossa região, basta um aeroporto doméstico e não devemos, mais uma vez, deixar o projeto parado por dez anos, como aconteceu em 2007”, relata Pedron.Ele afirma que conta com o apoio do secretário da Sac (Secretaria de Aviação Civil, do Ministério da Infraestrutura), Ronei Glanzmann. “Ele me falou que é para continuar com o projeto regional, e agora o que precisamos é de força política.”
Prefeitura vai recapear pista do aeroporto de Beltrão
Uma informação confirmada por Antonio Pedron é que, neste ano, a Prefeitura vai recapear a pista do aeroporto de Francisco Beltrão. O investimento, com recursos próprios, é superior a R$ 3 milhões. “O projeto está praticamente pronto.”
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