Pessoal do Sudoeste queria ver, mesmo, Los Hermanos no Lupaluna
![]() |
Marcelo Camelo (em destaque), Rodrigo Amarante, Rodrigo Barba e Bruno Medina, do Los Hermanos, levaram os sudoestinos até a capital, no Lupaluna. |
Eram dezenas de atrações em diversos estilos musicais no maior festival do Paraná. O Lupaluna 2012, no entanto, chamou a atenção dos sudoestinos em virtude da participação do Los Hermanos, que tocaram sexta-feira, 18. Depois de cinco anos separado, o quarteto carioca está realizando uma turnê para comemorar seus 15 anos de carreira.
Tudo começou em 1997, mas somente em 1999 a banda se tornou conhecida nacionalmente com o hit ‘Anna Júlia’. Depois disso, o sucesso veio acompanhado de uma quase devoção dos seus fãs, que lotavam casas de shows em todo o Brasil para acompanhar os hermanos. Em 2007, a notícia triste: Marcelo Camelo, Rodrigo Amarante, Rodrigo Barba e Bruno Medina se separariam para se dedicarem a projetos pessoais. De lá para cá, foram shows em 2009, 2010 e a turnê em 2012, que trouxe o Los Hermanos novamente para o frio paranaense.
![]() |
Parte do pessoal de Beltrão que foi de Van até Curitiba: Tainá, Sandriele, Gustavo Sartori, Vandressa, Gustavo e Paulo. |
O quarteto segue barbado, só que agora os fios brancos estão aparentes, e as músicas continuam na ponta da língua dos fãs, que foram ao delírio extremo com os primeiros acordes de ‘O vencedor’, que abriu o show. Camelo, inclusive, nem quis cantar a primeira estrofe (Olha lá, quem vem do lado oposto e vem sem gosto de viver) já que o público fez isso com propriedade, mostrando que a saudade precisava ser externada, aos berros sem nexo, de uma vez por todas.
“Eu fui para ver o Los Hermanos. Sempre quis muito ver um show deles. Os outros artistas e atrações também me motivaram a sair daqui e ir para Curitiba, mas o principal era o Los Hermanos”, conta Anelise Morello, de Dois Vizinhos. Ela foi com outras três amigas para acompanhar os shows. Cada uma tinha um objetivo diferente. “Foi legal. Cada uma foi para ver um artista. A viagem fez parte do show e foi extremamente divertida.”
![]() |
Léo Behne, Anna Roso, Anelise Morello, Mana Marostega, Lisia Lima e Julieli Marostega. |
Camila Rodrigues da Silva, de Pato Branco, compartilha a opinião. “Foi lindo o show do Los Hermanos. Amei. Nunca tinha visto a minha banda favorita tocar e valeu muito a pena”, comemora. Camila reside em Curitiba e aproveitou a proximidade para ver os shows.
Gustavo de Camargo Sartori, de Francisco Beltrão, foi de van com um grupo para assistir ao primeiro dia do festival. “A maioria foi para ver só Los Hermanos”, conta. Mas nem só de Los Hermanos foi a sexta-feira do Lupaluna. No primeiro dia, o palco principal recebeu ainda Supercolor, Nando Reis, Jota Quest e Gene Loves Gezebel. Sem contar os shows de Lenine, Céu, Molungo, A Banda Mais Bonita da Cidade e diversos outros artistas nos palcos espalhados pelo Bio Parque. “Vi outros shows e gostei bastante. Passeei pelo evento e estava muito legal”, completa Camila.
Gustavo vai mais longe. “Foram vários ritmos, estilos e muito bom gosto. A estrutura estava boa e foi um evento memorável. Conheci muita gente e saí de lá quando estava amanhecendo. Foram muito bons os shows”, afirma.
Anelise ficou somente vendo as atrações do palco principal, mas gostou da festa. “Foi legal. Só tinha ido a festivais de música eletrônica e gostei bastante, mesmo achando um pouco desorganizado e muitas filas”, relata.
Na contramão
![]() |
Charlie Brown também animou o público do Lupaluna. |
Os fãs de Los Hermanos acompanharam o Lupaluna somente na sexta-feira e perderam, no sábado, 19, os shows de Buena Vista Social Club, Arnaldo Antunes, Sabonetes, Skank, Marcelo D2, Charlie Brown Jr e Smash Mouth no palco principal. Nos outros palcos, apresentaram-se Zeca Baleiro, Criolo, Nevilton e outras bandas que vêm crescendo no cenário nacional.
Leonardo Behne Leon de Aguero, de Francisco Beltrão, resolveu ir ao festival de última hora. “Queria ver Criolo, Marcelo D2 e Seu Jorge. Tinha alguns DJ’s bons que tocaram na tenda eletrônica”, diz. Leo destaca a organização do festival. “Gostei da segurança, da organização e que tinha poucas filas para fazer as coisas. Não curti alguns shows, mas os que eu gostei compensaram”, comemora. Leonardo foi de ônibus até Curitiba e encontrou os amigos para curtir o Lupaluna.