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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Policlínica prepara implantação de unidade materno-infantil com UTI neonatal e pediátrica

Passado o pico da pandemia, hospital planeja investimentos em novos serviços, como UTI neonatal e pediátrica e cirurgia cardíaca.

Nos últimos cinco anos, a Policlínica São Vicente de Paula vem recebendo investimentos e passando por um processo de modernização. A direção do hospital adquiriu modernos equipamentos e aparelhos, fez um novo centro cirúrgico e uma nova UTI, capacitou os colaboradores e também renovou alas de internamento para oferecer mais conforto aos pacientes. Foram cerca de R$ 20 milhões investidos na unidade nos últimos anos, estima o diretor da Policlínica, dr. Dalberto Dassoler.

Criado há 65 anos, desde 2007 o hospital é administrado por um grupo de 100 associados. A reestruturação visa tornar a PSVP um dos melhores hospitais do interior do Paraná com base em um planejamento otimista. A pandemia, no entanto, fez com que a direção tivesse que reorganizar sua estrutura para se adequar à nova realidade imposta pelo coronavírus, mas os projetos estão sendo retomados.

Até o final do ano, a Policlínica pretende colocar em funcionamento uma unidade materno-infantil. A grande novidade do setor será a implantação de uma maternidade com leitos de UTI pediátrica e neonatal. Estes serão os primeiros leitos do Sudoeste exclusivamente para saúde suplementar, convênios e particulares. Depois, a intenção é implantar novos serviços de alta complexidade, como a realização de cirurgia cardíaca.

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“Vínhamos nos preparando para um período bastante otimista e com novos serviços de excelência. Veio a pandemia, nos reorganizamos da melhor forma possível e agora, passado o pico da Covid-19 e com uma expectativa de que os novos casos continuem sob controle, estamos retomando projetos para apresentar novidades e serviços inéditos à comunidade”, comenta dr. Dalberto Dassoler.

Saúde de excelência, seja no SUS ou particular
Atualmente, a Policlínica atende pacientes de convênios com a Unimed e BRF sendo os principais parceiros mas atende a todos os convênios e particulares. O hospital é o maior pagador de ISS (Imposto Sobre Serviços) de Beltrão e não recebe recursos públicos para manutenção ou operação. Dassoler destaca, no entanto, que a evolução do Sistema Único de Saúde é positiva para a população. “Temos bons hospitais públicos na região e um novo em construção e nosso desejo é que todas as pessoas, inclusive quem não tem acesso à saúde suplementar, possam ter um atendimento de excelência como o que nós priorizamos aqui. Todas as nossas ações buscamos fazer com o apoio e credibilidade dos 100 proprietários da Policlínica.”

Ala Covid com mais de 30 leitos
Nos últimos meses, a Policlínica esteve focada no atendimento de pacientes com Covid. Logo no início da pandemia, uma ala isolada foi montada, com 23 leitos de enfermaria e 11 de UTI. O espaço era como um mini hospital, com equipamentos e equipe exclusivas para atender casos que necessitassem de internamento. “É como se montássemos dois hospitais independentes dentro da mesma estrutura: um para pacientes não suspeitos de síndrome gripal e outro para os casos de Covid, com UTI e enfermaria e equipe exclusivas”.

Os primeiros pacientes foram atendidos em junho e, da segunda quinzena de julho até metade de agosto, o local teve seu pico de internamentos. Agora, mesmo com a redução no número de novos casos e atendimentos na ala especializada, a direção mantém o espaço, que recebeu cerca de R$ 500 mil de investimentos e teve parcerias da Unimed e BRF, com cessão de equipamentos.

Dassoler cita que a experiência na ala Covid da PSVP mostrou que o coronavírus prejudica mais quem tem idade avançada e outras comorbidades associadas, obesidade mórbida, diabetes mal controlado e tabagismo crônico com enfisema pulmonar ou bronquite crônica. “Isso indica que o distanciamento seletivo, isolando os indivíduos que estão nos grupos de risco, pode ser o mais indicado para que haja uma retomada de atividades enquanto não existir uma vacina”, completa o médico. Nenhum paciente com menos de 20 anos foi internado e a grande maioria que precisou de leito apresentou evolução satisfatória do tratamento.

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