15.7 C
Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Policlínica São Vicente de Paula caminha em busca da excelência na saúde suplementar

Com novas cabeças no comando e a credibilidade depositada pelos investidores, o hospital se readequou, recebeu fortes investimentos e hoje se destaca, novamente, na região.

 

Os médicos Paulo Fortes, Alberto Pécoits e André Araujo, membros do atual conselho
diretor da Policlínica São Vicente de Paula. 

 

A notícia do descredenciamento da Policlínica São Vicente de Paula, no ano de 2006, do Sistema Único de Saúde (SUS) foi recebida com espanto na região. Mas a intenção estava muito bem traçada na mente dos gestores: caminhar rumo ao serviço de excelência na saúde suplementar. O hospital estruturado em 1953 pelo dr. Walter Alberto Pécoits – atendia inicialmente em um prédio de madeira e em 1968 passou a oferecer seus serviços na estrutura em que se encontra até hoje – precisava evoluir mais e acompanhar o incansável ritmo dos avanços tecnológicos. 
Foi em 2013, quando a Policlínica enfrentava uma série de desafios, que a atual diretoria resolver assumir as rédeas, definitivamente, de toda a gestão do hospital. O grupo de 100 investidores acreditou na ideia e injetou recursos, permitindo o início de uma nova etapa de sua história. “A empresa, nos últimos dois anos, conseguiu dar um salto muito grande, dá pra dizer que a nossa medicina teve uma melhora muito grande e hoje a gente fica feliz de poder oferecer um atendimento de qualidade. Tivemos grandes avanços e, hoje, conseguimos nos equiparar aos grandes centros”, revela o médico Dalberto Dassoler, diretor-geral da Policlínica São Vicente de Paula. 
Dr. Dalberto chegou aqui há 16 anos, a convite do colega de profissão dr. Mário Vargas. Ela relata que, no ano 2000, a medicina já estava muito evoluída nos grandes centros, mas Beltrão ainda estava atrasado. “Naquela época, o hospital não tinha um aparelho de eletrocardiograma, não tinha nada, era muito precário. Quando a Policlínica saiu do SUS, a gente teve dificuldades para conseguir readequar o hospital, que não possuía liberação da Vigilância Sanitária, dos Bombeiros, nada, então no início teve um investimento muito alto, por isso a gente montou uma sociedade”, relata o diretor.
Mais de R$ 15 milhões foram necessários, de cara, para readequar tudo o que era preciso. Além de melhorias na estrutura física, houve uma ampla aquisição de equipamentos modernos, a maioria importados. “Hoje nós temos aparelhos aqui iguais aos de Curitiba, cirurgias videolaparoscópicas com aparelhos modernos, full HD, aparelhos de ponta, e isso tudo garante cirurgias e procedimentos diferenciados. A UTI é o nosso ponto forte, porque é muito bem montada, e isso é uma segurança para a saúde suplementar, a gente consegue ter uma disponibilidade para os planos de saúde e para os pacientes particulares; antes disso, mesmo os pacientes de planos de saúde tinham que ir para Pato Branco”, comenta dr. Dalberto.
Para o dr. Paulo Fortes, membro do conselho diretivo da Policlínica, o hospital segue um caminho muito bom. “Este grupo conseguiu reerguer o hospital, isso não é obra de apenas uma ou outra pessoa. Todos trabalharam juntos para chegar a este patamar, melhorar o atendimento, a qualidade. Estamos nos tornando um polo de atendimento regional em saúde”, aponta.
São mais de 80 médicos, 220 colaboradores e 10 mil metros quadrados de área física. Plantão 24 horas por dia, plantão presencial em algumas especialidades, plantão a distância em todas as especialidades, neurocirurgia, cirurgia vascular, pediatria, clínica médica, cirurgia geral, enfim, a lista de serviços ofertados é imensa e crescente. A empresa deficitária conseguiu se reestruturar e andar com as próprias pernas. E ainda tem muita coisa para acontecer.

- Publicidade -

Perspectivas para 2016
Para o segundo semestre do próximo ano, a expectativa é ter o serviço de hemodinâmica e cirurgias cardíacas em funcionamento na Policlínica. Também deverá estar em operação o aparelho de ressonância magnética dentro do hospital, além da UTI mista, com neonatal e pediátrica. “É outro padrão de medicina. Por exemplo, essa parte cardiológica, nós temos excelentes médicos cardiologistas aqui em Beltrão, só que, quando ele pega um exame, precisa fazer um cateterismo e aí o paciente de Beltrão e das cidades próximas tem que ir pra Pato Branco porque não tem como fazer aqui, e em breve esses pacientes poderão ser atendidos todos aqui, isso é essencial”, reforça dr. Paulo.
A dedicação e a atenção aos detalhes foram tão intensas que a Policlínica São Vicente de Paula conseguiu atingir padrões ideias de qualidade. E o bom exemplo deve sempre ser copiado. “A Vigilância Sanitária já está começando a usar a Policlínica como exemplo para os outros hospitais da região, a nossa central de materiais é um exemplo, o nosso fluxo de centro cirúrgico vai ser um exemplo, a nossa UTI é um exemplo. Nós vínhamos engatinhando nesse processo de reerguer, e de repente a Policlínica virou referência”, comemora dr. André Matioda de Araujo, diretor-técnico do hospital. 
Com o projeto avançando a todo vapor, eles querem ainda mais. “Fazemos medicina séria e de qualidade, tentando ampliar ao máximo tudo o que é possível. O sonho seria que ninguém mais precisasse sair de Beltrão para fazer um tratamento, a gente precisa oferecer tudo aqui”, frisa dr. André. E o dr. Dalberto complementa: “Com a vinda do aparelho de ressonância dentro do hospital e o serviço de hemodinâmica, acredito que não vai faltar mais nada”.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques