8.2 C
Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Política de governo valoriza quem preserva áreas naturais

Geral

 

Proprietários de áreas protegidas no estado do Paraná ganharam um incentivo a mais por conservarem suas terras. O executivo estadual, por meio do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMA), assinou, em dezembro, o primeiro Termo de Compromisso do projeto Pagamento por Serviços Ambientais às Reservas Particulares do Patrimônio Natural (PSA/RPPN), tornando-se o primeiro estado do Sul do Brasil a adotar uma política como essa.

O programa fornece incentivos econômicos aos proprietários de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) que, comprometidos pela conservação da natureza e interessados em perpetuar sua área natural, transformaram voluntariamente suas propriedades em unidades de conservação. “O recurso destinado poderá ser utilizado para executar as ações descritas nos planos de manejo, garantindo a implementação da RPPN, o que permite aumentar e melhorar a geração de serviços e benefícios da natureza para a sociedade”, argumenta Renato Atanazio, coordenador de Soluções Baseadas na Natureza da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.

- Publicidade -

Segundo a coordenadora de Biodiversidade e Florestas da SEMA, Sueli Ota, o programa valoriza áreas selecionadas, destinando recursos para que o proprietário mantenha e continue prestando serviços ambientais para a sociedade. “Trata-se de um importante instrumento de conservação, que visa reconhecer e bonificar os proprietários que transformaram suas áreas naturais em RPPN e que pode alavancar a criação de mais áreas protegidas”, informa.

Os benefícios

Entre os benefícios diretos para a população proporcionados pela conservação de áreas naturais estão a regulação do clima, a melhor qualidade do ar, a renovação de nutrientes no meio ambiente, o provimento de água, a proteção da biodiversidade, a beleza cênica, a polinização, a manutenção da fertilidade e o controle da erosão dos solos, a manutenção de recursos genéticos, entre outros.

As RPPNs selecionadas para participar do projeto são localizadas no Paraná, atendem os critérios de elegibilidade e têm plano de manejo da RPPN comprovado e reconhecido pelo órgão ambiental responsável. Os proprietários selecionados receberão de R$ 10 mil a R$ 50 mil por ano, de acordo com as características de cada RPPN. O contrato tem duração de um ano, podendo ser prorrogado por mais 12 meses. O valor total do projeto chega a quase R$ 1,2 milhão.

A assinatura do Termo de Compromisso concretiza um trabalho de implementação e construção de um programa de PSA no Paraná, o que vinha sendo trabalhado há anos. Nesse processo, a Fundação Grupo Boticário contribuiu com apoio técnico na construção de marcos normativos e metodológicos. O método é baseado na iniciativa Oásis, criada há 12 anos pela Fundação para incentivar e promover a valorização dos ambientes naturais por meio de mecanismos de incentivo econômico a proprietários que se comprometem com a conservação de áreas naturais e a adoção de práticas conservacionistas de uso do solo.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques