
danos, principalmente em função do
excesso de carga em caminhões.
A ponte sobre o Rio Iguaçu, na BR-163, entre os municípios de Capitão Leônidas Marques e Realeza, passará por reformas em breve, conforme informou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Uma licitação foi realizada em março, e a empresa Ivano Abdo Construções e Incorporações Ltda venceu o certame, com o lance de R$ 840.924,91.
A obra contratada terá que ser executada em quatro meses. Além da implantação de vigas, estão previstos redutores de velocidade e pequenos reparos. “Com o movimento intenso de veículos, a estrutura cedeu, mas nada que gerasse um risco.
O problema maior estava nessa incerteza. Havia receio, em função do movimento das vigas, mas essa obra traz maior tranquilidade e conforto”, enfatiza o prefeito de Capitão Leônidas Marques, Ivar Barea. A condição precária da estrutura foi denunciada há dois anos e meio ao órgão federal, que chegou a encaminhar técnicos ao local para análise aprofundada, no entanto, negou qualquer abalo à estrutura. Em setembro do ano passado, sacos com pavimento foram colocados debaixo da ponte.
Transportadores apreensivos
Transportadores da região que trafegam pelo local sempre reclamam da situação do trecho e, inclusive, alguns revelam ter receio de passar pela ponte. “Os comentários dos transportadores é que o trecho estava realmente precário. É um dos piores trechos, na minha opinião. É comum ouvir queixas dos motoristas, ficam preocupados com a situação. Além disso, recentemente, várias vezes a Polícia Federal esteve no local impedindo a passagem de caminhões com nove eixos, alegando que a estrutura poderia estar comprometida”, revela o presidente da Cooperativa de Transportes 14 de Dezembro (Coptrans), de Francisco Beltrão, Ezídio Salmoria.
Para Ezídio, faltou fiscalização mais efetiva por parte do Dnit. “É uma ponte muito antiga, e não estava preparada para aguentar tanto peso como é transportado hoje, com caminhões com 50 toneladas de carga. Há 30 anos, quando construíram, não existia essa demanda toda de transporte. Era outra realidade, é preciso uma readequação total das estradas de todo o país, que não está nenhum pouco preparado para o transporte de cargas. Já era hora de recuperam esta ponte, muito perigosa, isso dá medo para quer transita pelo local”, aponta.
Estrutura tem mais de 30 anos
A ponte sobre o Rio Iguaçu foi construída há mais de 30 anos. A rodovia virou um dos principais corredores entre os estados do Sul, Centro-Oeste e Norte do Brasil e chega a receber nove mil veículos por dia, dos quais aproximadamente mil são ônibus e caminhões. Em dezembro de 2011, o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) transferiu a responsabilidade da BR-163 para o Dnit, que desativou a balança de cargas em Lindoeste.
A consequência foi o dano ao pavimento e também aos alicerces da ponte. Em nota ao jornal O Paraná, a assessoria de imprensa do Dnit confirmou o processo licitatório de reparação da estrutura, no entanto, não fala em reforço da segurança. A obra é apenas para dar mais conforto aos motoristas.
*Com informações de O Paraná.