Cláudia Piantini, analista de imagem, comenta alguns motivos.
A roupa usada pela presidente Dilma Rousseff na sua posse dividiu opiniões e causou certo estranhamento. Mas, afinal, por que ficou essa impressão? “Não é a roupa que tem que nos vestir, nós que vestimos a roupa”, declara Cláudia Piantini, de Curitiba, analista em imagem, comportamento e estilo. Dilma tem um biotipo oval e as formas amplas usadas neste look parecem aumentá-la visualmente. O conjunto de blusa e saia de renda rosa-chá fugiu do estilo da presidente, habituada a usar calças e terninhos.

Dilma Rousseff usou um tom pérola.
Cláudia destaca a facilidade de apontar os defeitos e o desafio de apresentar opções capazes de melhorar o look, até mesmo por se tratar de uma pessoa pública, mas não uma fashionista, uma vez que Dilma não tem a preocupação específica de seguir tendências e, muito menos, lançar moda, embora haja mulheres que copiem suas roupas.
Segundo a analista, no dia 1º de janeiro, Dilma teve a intenção de passar segurança e acessibilidade, e não exuberância. A consultora leva em consideração cor, silhueta, forma e função da vestimenta e sugere, como alternativa, mangas mais ajustadas aos braços e apenas detalhes em renda, não o look todo. “O vestido poderia ter um detalhe, mas não ser totalmente de renda. O detalhe, além de ficar mais fino e sofisticado, daria mais leveza visual e menos peso no conjunto todo.”

look todo de renda.
A renda está em alta, por lembrar artesanato, o feito à mão, e por ser um tecido nobre e maleável. A presidente deve ter optado pelo conforto e pelo glamour da renda, sem perder a simplicidade, embora este seja um tecido caríssimo.
“Vi a roupa dela como neutra, clássica e, dentro do perfil da presidente, ela ousou. A imagem que eu consigo perceber que ela quis passar é de uma mulher delicada. O look causou tanta polêmica por ser uma figura pública. Afinal, o que se quer passar com determinada roupa? Há muitos variantes para se fazer uma crítica.”