Geral
Depois da captação recorde de recursos em 2020, a aplicação financeira mais tradicional dos brasileiros iniciou 2021 com forte retirada. Em janeiro, os investidores retiraram R$ 18,15 bilhões a mais do que depositaram na caderneta de poupança, informou ontem o Banco Central (BC). O resultado é o maior registrado para todos os meses desde o início da série histórica, em 1995.
Em janeiro do ano passado, os brasileiros tinham sacado R$ 12,36 bilhões a mais do que tinham depositado. Tradicionalmente, o primeiro mês do ano é marcado por retiradas expressivas de recursos da caderneta de poupança. O pagamento de impostos e despesas como material escolar e parcelamentos das compras de Natal impactam as contas dos brasileiros no início de cada ano. No ano passado, a poupança tinha captado R$ 166,31 bilhões em recursos, o maior valor anual da série histórica.
O pagamento do auxílio emergencial e as instabilidades no mercado de títulos públicos nas fases mais agudas da pandemia da Covid-19 atraíram o interesse na poupança, mesmo com a aplicação rendendo menos que a inflação
Rendimento
Com rendimento de 70% da Selic (juros básicos da economia), a poupança rendeu apenas 1,97% nos 12 meses terminados em janeiro, segundo o BC. No mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado prévia da inflação, atingiu 4,23%.
O IPCA cheio de janeiro será divulgado terça-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A perda de rendimento da poupança está atrelada ao novo fator, motivados pelas recentes reduções da Taxa Selic (juros básicos da economia) para o menor nível da história.
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