O valor da cesta básica em Palmas teve majoração de 2,34% no ano e de 5,63% em 12 meses. A pesquisa, coordenada pelo professor Edmundo Pozes, do Instituto Federal do Paraná (IFPR), avaliou 20 produtos que compõem a base da alimentação dos moradores. O valor da cesta básica do município de Palmas é pesquisado desde fevereiro de 2011 em três supermercados (União, Vitória e Central). O valor médio dos produtos, em maio de 2014, foi R$ 78,13.
Os preços registrados nos supermercados são os mais baratos no dia da visita, independente de marcas. “Pode haver pequenas distorções porque o supermercado pode comprar outra marca mais cara e não oferecer aquela do mês anterior”, frisa o pesquisador. Os produtos que mais variaram foram o feijão, pois os preços subiram 75,3%, e a cebola, que caíram 26,4%.
De acordo com ele, últimos 12 meses, os preços dos alimentos ao consumidor descolaram da inflação em geral e subiram mais de 30%. Enquanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 6,43%. Os preços das frutas, verduras e legumes acumularam altas de 33,36% e dos cereais, que incluem arroz e feijão, de 34,09%. “Observamos que, em Palmas, a variação está dentro das metas oficiais da inflação.”
Região
A pesquisa da cesta básica, realizada pela Unioeste, demonstra que em abril o valor dos alimentos em Francisco Beltrão teve aumento de 3,5%. Dessa forma, para se adquirir os itens essenciais para a alimentação, o beltronense teve que desembolsar R$ 285,03, enquanto que em março tal despesa foi de R$ 275,40. No acumulado dos quatro primeiros meses de 2014, a cesta básica apresentou uma elevação de preços da ordem de 14,36%.
Esse aumento no custo da alimentação deve-se, principalmente, ao comportamento altista dos preços da batata, da carne e do leite, produtos que têm peso considerável na composição da cesta básica. Essa tendência de alta também foi verificada na maioria das capitais pesquisadas pelo Dieese. Em Pato Branco o custo da cesta foi 2,33% maior se comparado ao mês anterior no mesmo município. Em Dois Vizinhos seguiu-se a mesma tendência, no entanto a alta foi de 3,92%.