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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Primeiro a imprudência, depois a infraestrtutura

Geral

Niomar Pereira
Há uma epidemia de mortes no trânsito brasileiro que já perdura há várias décadas. Ela não é silenciosa, pelo contrário, é escancarada, mas parece que perdeu o poder de nos indignar. A cada nova morte, acrescenta-se um número na estatística e vida que segue. De 2010 a 2019, o Brasil teve 392 mil mortes decorrentes de acidentes de trânsito. É mais do que a guerra da Síria, que começou em 2011 e deixou 387 mil mortos.

Mas o que há de errado com o brasileiro quando o assunto é trânsito? Existe uma série de fatores que tornam nossas estradas verdadeiros campos minados. Primeiro, a imprudência, a maioria das mortes ocorrem por erro humano. Excesso de velocidade, consumo de álcool, ultrapassagens em locais proibidos. Se há toda uma sinalização me dizendo que não posso ultrapassar naquele local, que o custo pode ser a minha vida ou a de terceiros, então, por que eu vou? O segundo ponto é a péssima qualidade das rodovias. A região Sudoeste é um belo exemplo disso. E aí entra a falta de comprometimento das autoridades. A região não tem um único trecho duplicado, são pouquíssimos os pontos de terceira faixa e quando há acostamento já é motivo de comemoração. Se o motorista comete um erro, ele não tem segunda chance.
*Jornalista do Jornal de Beltrão

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