Na semana em que mudou para a nova rodoviária, lockdown fez cair número de passageiros.

O transporte de passageiros é um dos setores mais afetados na pandemia. Com a redução dos deslocamentos, caiu o número de passageiros, e para se manter muitas empresas se adaptaram à nova realidade. Foi o que fez a Princesa dos Campos, que reduziu linhas e horários no último ano, mas manteve o padrão de atendimento e o conforto aos passageiros.
A gerente local da empresa, Solange Ognibene, explica que boa parte dos passageiros é de estudantes, professores e pessoas que prestam concursos e vestibulares e, com a suspensão de aulas e de provas, a quantidade de gente transportada caiu drasticamente. “A empresa adaptou a estrutura para essa nova realidade e entre o fim de 2020 e início de 2021 já havíamos recuperado cerca de 60% do movimento de passageiros, mas nesta semana, com o lockdown, estamos operando com uns 10% do fluxo normal”, comenta.
Para manter a segurança, medidas sanitárias foram implementadas, como a desinfecção dos ônibus, produtos que mantêm uma película protetora por 72 horas, além do uso de álcool em gel e máscara durante toda viagem.
Em Francisco Beltrão, a Princesa dos Campos mantém 12 funcionários entre o pessoal da agência, garagem e motoristas. Também o setor de cargas e encomendas, a Prinex. Daqui, a empresa chegou a ter seis linhas diárias para Curitiba (hoje são três) e três para São Paulo (atualmente é uma). Essas adaptações resultaram em mais benefícios para os passageiros, pois muitas linhas passaram a ser operadas com ônibus leito ou leito-cama (double decker), mas com preços de poltrona convencional ou executiva.
O momento delicado pelo qual o setor passa contrasta com a melhoria do espaço para embarques e desembarques com a construção da nova rodoviária. O espaço ficou melhor em vários aspectos, segundo Solange. “Pudemos fazer um guichê novo, com mais conforto aos nossos passageiros, e um local moderno. Ainda estamos nos adaptando com o atendimento, que antes era mais presencial e agora, devido à distância, o pessoal opta mais por ligar para pedir informações e reservar bilhetes.”
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