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Francisco Beltrão
segunda-feira, 02 de junho de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Proteja seu pet do choque térmico no inverno

Mudanças bruscas de temperatura podem fazer mal para a saúde do animal, deixando-o vulnerável a doenças.

 

Usar roupinhas ajuda a encarar o frio. A foto é da matilha de husky que adotou a gatinha Rosie. Foto: Reprodução Lilothehusky

 

Este ano o frio veio com maior força do que nos últimos tempos e, para encarar o inverno, que está só começando, os animais de estimação não podem ficar desprotegidos. Assim como nós, humanos, o cuidado também precisa ser redobrado com os pets. O médico veterinário da Clinicão, de Francisco Beltrão, Ronivan Gobbi, alerta para as temperaturas muito baixas e a propensão para o surgimento de doenças respiratórias. 
Rinites, faringites, laringites e até pneumonia podem aparecer na gama de doenças de inverno. Doutor Roni destaca que uma das mais comuns é a laringotraqueíte, que está relacionada aos vírus da tosse dos canis. “Nos últimos 15 dias, houve um aumento de animais com infecções respiratórias nas consultas clínicas”, alerta. 
Para evitar problemas como os citados acima, o proprietário precisa ter alguns cuidados, como colocar roupinhas – principalmente nos bichos de pelos curtos – e evitar o choque térmico. “Muitas vezes, o animal está em um ambiente com ar-condicionado, um ambiente quente, e o dono o leva para fora, e ele pega um vento gelado. Isso faz diminuir a imunidade, porque o choque térmico diminui a concentração de células de defesa nas vias respiratórias”, esclarece. 
O choque térmico causa um estresse no organismo, por sair de uma temperatura e se adaptar a outra condição térmica. Segundo o veterinário, tudo o que é fator de estresse tem como uma das consequências a queda de imunidade. “Aí, às vezes, os agentes infecciosos acabam entrando com mais facilidade no organismo”, complementa. 
Para quem dá banho em casa no cão, o prefissional orienta que procure os dias mais quentes e seque-o bem. Se for levar o animal para passear, o ideal é protegê-lo com roupinhas. 

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Manter os animais protegidos é imprescindível 
para passar bem pelo inverno. 

 

Gato também sente frio
Os cuidados com os felinos dependem da forma de vida do animal: se ele é doméstico, ou seja, está sempre dentro de casa, ou se ele é gato “semidoméstico”, que tem acesso à rua. “Esses que têm acesso à rua podem estar mais suscetíveis para desenvolver as doenças infecciosas, porém, por outro lado, eles também estão habituados com o ambiente externo, têm uma capacidade de adaptação também”, compara o veterinário. 
O problema é quando acontecem situações extremas de temperaturas. Mesmo os gatos “semidomésticos” estão propensos a desenvolver doenças respiratórias. Os bichanos mais vulneráveis são os imunodeprimidos, que contam com outra doença e o sistema imunológico é debilitado, o que torna mais comum desenvolver doenças do trato respiratório. “Como os gatos têm hábitos noturnos, eles acabam estando mais expostos às temperaturas mais baixas”, observa Roni. 

Cão fora de casa, mas longe do vento
Para os animais que vivem no quintal das moradias, o proprietário precisa providenciar um canil mais protegido para encarar a frente fria. É aconselhável deixar o animal em local que não seja muito úmido e protegido da chuva. O canil coberto, com casinha e cama protegidas do vento são medidas que podem evitar que o animal desenvolva alguma doença. 

 

O médico veterinário da Clinicão, de Francisco Beltrão, Ronivan Gobbi.

 

“Quanto mais protegido estiver o animal, menos vulnerável ele estará às doenças. O maior cuidado precisa ser com animais mais jovens e idosos”. Dr. Roni lembra que os cães de porte grande são mais resistentes ao frio que os cães pequenos, que são mais sensíveis às baixas temperaturas. 
“O metabolismo dos animais pequenos é mais rápido, então eles perdem calor de forma mais rápida para o ambiente. Já os cães de raça grande têm uma superfície corporal maior, eles tendem a reter mais calor, e o metabolismo mais baixo, perdem menos calor, sendo assim mais resistentes ao frio. Cães de raças nórdicas também são mais resistentes ao frio”, explica o veterinário. 

De olho na alimentação
A tendência do cão é comer um pouco mais no inverno, por isso, o ideal é manter uma alimentação boa e bem equilibrada. Já para os gatos é importante manter o estímulo para que eles bebam água. “No inverno, a gente observa uma incidência maior de problemas no trato urinário dos gatos, justamente pela diminuição da ingestão de água”, conta dr. Roni. 

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