15.8 C
Francisco Beltrão
sábado, 14 de junho de 2025

Edição 8.226

14/06/2025

Pulga, um perigo quase invisível

 

Os efeitos da alergia também podem
ser vistos na perda dos pelos do rabo. 

 

Poucas pessoas veem as pulgas em seus animais, quando elas são em pequenas quantidades, e por muitas vezes passam despercebidas, pois não há gato ou cão que esteja imune a elas. A pulga é um perigo invisível, porque, quando o proprietário se queixa do problema do seu animal de estimação com pulgas, significa que a situação já está terrível. Isso é o que comenta o médico veterinário José Carlos Zanella, da Clínica Planeta Bicho, que há anos trata situações agravadas por esses insetos. 

- Publicidade -

Os maiores problemas enfrentados pelos cães são doenças dermatológicas e, no verão, 80% desses incômodos são associados às pulgas. “Quando não é a única causa, ela é agravante da alergia”, diz Zanella. O verão é mais propício ao problema com o inseto, pois, para passar da pupa para adulto, temperaturas acima de 25º favorecem a eclosão do casulo. 
A pulga faz seu ciclo de vida no ambiente e não no animal, onde vive na fase adulta. Seu ciclo da espécie é adulto – ovo – larva – pupa – adulto novamente. A pulga pode ficar na fase pupa de 14 dias até seis meses, isso depende das condições ambientais e climáticas. Porém, 5% estão na forma adulta, 95% são outras fases do ciclo enquanto estão no ambiente. Para um controle mais efetivo da pulga, não adianta focar só os 5% dos insetos que estão no cão, mas sim esterilizar o ambiente. 

As outras fases, além da adulta, elas são difíceis de serem eliminadas com inseticida, sendo extremamente resistentes. O tratamento ideal é esterilizar o ambiente a cada sete dias, para obter no final de quatro a seis semanas o controle da pulga. “É necessário fazer um controle estratégico, com tratamento do ambiente e do cão ou gato”, orienta o veterinário. 

Aplicação de antipulgas 
Os antipulgas aplicados no dorso do cão têm duração de 21 a 28 dias. No entanto, os sprays devem ser passados semanalmente e os produtos para banhos colaboram, mas, por outro lado, ressecam o pelo do animal. O dr. Zanella sugere ao proprietário sempre adquirir produtos receitatados pelo veterinário e que tenham o selo no Ministério da Agricultura. “Há muitos produtos clandestinos e tóxicos, que podem levar à morte do animal”, avisa. 

Para os produtos administrados nos gatos, o cuidado na escolha precisa ser ainda maior, pois os felinos são mais sensíveis. O dono deve comprar somente produtos específicos para eles. 

A tosa não influencia na presença do inseto, somente na localização dele. “A única questão dos pelos é que quando os animais são peludos, se torna mais difícil o controle com os antipulgas”, diz o veterinário. 

A picada
Para cada pulga vista pelo dono, existem dez no animal. Cada uma delas carrega de 400 a 500 ovos. Na picada da pulga, o animal tem reação alérgica à saliva do inseto, que provoca coceira e perda de pelos, principalmente próximo a calda. O cão alérgico a pulga sofre porque a saliva do inseto faz o bicho se coçar por até 15 dias. 

A pulga é transmissora de doenças como verminoses, bacterianas e virais para os animais. “A família só precisa cuidar com a alergia nas pessoas. No passado, a pulga estava ligada a Peste Bubônica, porque era a pulga do rato que picava as pessoas e transmitia a doença”, lembra dr. Zanella. 

 

Há muitos produtos antipulgas no mercado, mas devem ser comprados
aqueles com selo no Ministério da Agricultura. 

 

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques