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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Qual a sua motivação para fazer atividade física?

Muitos investem no treino por saúde e por estética.

O personal trainer Neryano Ferraz Pazetto e Andreia Santos: treino como qualidade de vida e bem-estar.

É o caso da professora Andreia Santos, 44: “Minha motivação primariamente é a saúde, pra me preparar e ter uma velhice tranquila, pra evitar problemas comuns de acontecerem com a idade, pra ter uma musculatura e ossos mais fortes. Além de estar bem fisicamente, ter uma boa aparência, entrar bem na roupa. Sempre em busca de estar bem fisicamente e ter o privilégio de comer aquelas coisinhas gostosas de fim de semana. Então a gente fica mais motivado, estou comendo, mas vou queimar”.

Andreia sempre fez exercícios. “Eu, como profissional da área de Educação Física, faz anos que eu pratico, desde nova, sempre pratiquei durante as gestações, eu me sinto mal quando não faço, porque eu preciso da atividade física para me sentir bem.”

O personal trainer Neryano Ferraz Pazetto percebe que a questão estética é fator predominante. “Minhas alunas têm o desejo de perder gordura na região abdominal, glúteo e pernas, bem como reduzir celulite. A grande maioria delas não quer ter os membros superiores e o tronco muito musculosos, preferem com pouca definição.” Confira a entrevista.

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JdeB – Treinar em jejum ajuda a emagrecer?
Neryano Ferraz Pazetto: Sim, quando fazemos exercícios em jejum, após o jejum noturno, as nossas reservas de glicogênio estão baixas, desse modo o corpo responde aumentando a queima de gordura, por outro lado, não são todas as pessoas que conseguem realizar exercícios sem ter se alimentado antes.


Algumas pessoas não conseguem comer ou até mesmo beber porque “pesa” no estômago durante o treino. Quais as suas dicas?

No caso da musculação e do treinamento funcional, para treinos de alta intensidade e duração de uma hora, as pessoas precisam se alimentar de uma a uma hora e meia antes de praticar o exercício físico. Ingerir alimentos ricos em proteína, como ovos, iogurtes, peito de frango e barrinha de proteína; alimentos ricos em carboidratos, como batata-doce, bolacha de arroz; e frutas, como banana, melancia e abacate, além das fibras, como castanhas e aveia.


Algumas pessoas ficam bastante doloridas. Isso é bom? Elas devem tomar algum relaxante muscular?

Ao realizarmos uma atividade física, o exercício provoca microlesões na musculatura, essas lesões desencadeiam uma resposta inflamatória local, fundamental para que a musculatura se recupere. Este processo de lesão e recuperação é que faz com que o músculo fique maior e mais forte, a inflamação gera desconforto e tensão muscular, que dentro de certos limites deve ser considerada normal, após uma atividade física. Por outro lado, o excesso pode provocar um dano muscular e a inflamação além do desejável, prejudicando o condicionamento físico do aluno e perdendo o desempenho, deixando-o mais exposto a sofrer lesões. Nesse sentido, precisamos pisar no freio quando as dores musculares forem muito intensas e devemos evitar o uso de medicamentos para recuperação pós-treino, pois o músculo tem capacidade de se recuperar sozinho.

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É verdade que o músculo tem memória?

Sim. A memória muscular existe, ela tem a ver com os nervos que se comunicam com os músculos, que permitem que ele se mova na sequência apropriada para executar cada movimento. Portanto, mesmo se você passar anos sem nadar, pedalar ou correr, quando voltar a praticar exercício físico terá um condicionamento melhor que alguém que está aprendendo a realizar do zero, isso graças à memória muscular.

Fotos: Leandra Francischett

 

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