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Francisco Beltrão
terça-feira, 27 de maio de 2025

Edição 8.213

28/05/2025

“Quanto mais ineficiente o setor público, mais custoso para o trabalhador”, diz contabilista

 

Impostômetro superou a marca de
R$ 1,2 trilhão 16 dias mais cedo neste ano.

 

O total de tributos pagos à União pelos brasileiros neste ano superou a marca de R$ 1,2 trilhão no dia 26 de setembro. O mesmo valor, medido pelo Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), só foi atingido no ano passado em 12 de outubro, o que aponta aumento da carga tributária.

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Ontem, às 15 horas, o Impostômetro apresentava a marca total de R$ 1,23 trilhão. Em Francisco Beltrão, o valor arrecadado era de R$ 127,2 milhões, Pato Branco R$ 158,5 milhões, Dois Vizinhos R$ 51,8 milhões e Palmas R$ 56,1 milhões. 

André Luiz Comunelo, mestre em Contabilidade e professor universitário, observa que os tributos possuem uma função social muito importante para a sociedade moderna, “pois é por meio deles que o governo pode prover os bens e serviços públicos”. Apesar de a economia brasileira enfrentar um período de estagnação, a arrecadação federal está batendo recordes atrás de recordes.

“Os contribuintes devem estar pensando como a arrecadação está crescendo se a economia está em um período complicado? Temos que relacionar a arrecadação dos tributos a dois fatores: o tamanho do país e também a eficiência do setor público, pois quanto maior for o país, maior é a necessidade de se arrecadar recursos. Quanto mais ineficiente for o setor público mais custoso será para o trabalhador manter essa estrutura.

Devemos sempre sonhar com um Estado pequeno e extremamente eficiente, pois assim não veremos recordes de arrecadação a todo instante.” Segundo ele, os recordes de arrecadação ocorrem em função da máquina pública (funcionários, bens e serviços públicos) não parar de crescer. “Nós brasileiros necessitamos financiar esse inchaço com pagamento dos tributos. Então o brasileiro precisa aumentar seu número de dias trabalhados por ano para cobrir sua “dívida” com o governo. Em 2014, trabalhamos 151 dias para o governo, ou seja, tudo que ganhamos neste período foi destinado aos cofres públicos, enquanto que na Suíça, um dos países com a maior carga tributária do mundo seus cidadãos trabalharam 102 dias e nos EUA 89 dias”. 

André salienta que o crescimento desordenado do Governo faz com que os empresários invistam menos, não estimulando o crescimento econômico. “Se a arrecadação continuar aumentando e não houver o crescimento econômico mediante os investimentos por parte das empresas, isso poderá afetar negativamente o nosso padrão de vida a longo prazo.”

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