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quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Queijo do Sudoeste pode se tornar marca coletiva e conquistar mercado nacional

A Associação que representa 15 queijeiros artesanais protocolou o pedido da marca no INPI.

Os queijos coloniais do Sudoeste do Paraná podem ganhar marca coletiva.

A Associação dos Produtores de Queijos Artesanais do Sudoeste do Paraná (Aprosud) protocolou junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) a solicitação da marca coletiva ‘Queijo do Sudoeste’ para os queijos artesanais também conhecidos como coloniais, produzidos na região. O protocolo foi registrado em 27 de novembro e a Aprosud aguarda avaliação e deferimento dos técnicos do INPI.

Caso seja aprovada, a marca ‘Queijo do Sudoeste’ poderá ser utilizada por queijarias da região, desde que sigam as especificações técnicas e de boas práticas relacionadas na solicitação feita ao Instituto. A Aprosud contou com o suporte técnico do Sebrae desde a formalização da entidade, passando por capacitações e consultorias, elaboração e posicionamento da marca até chegar ao protocolo de registro da marca coletiva.

“Ao registrar a solicitação no INPI, também foram anexados o manual de uso da marca e o logotipo. Existem critérios para usar a marca ‘Queijo do Sudoeste’, como ser produtor associado à Aprosud e seguir as especificações quanto à forma de produção e à qualidade. Esse processo é importante para proteger a identidade do queijo regional”, explica Alyne Chicocki, consultora do Sebrae.

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A Aprosud conta com 15 produtores de dez municípios do Sudoeste e que a marca coletiva é mais uma forma de ampliar mercado e agregar valor aos produtos. “A ideia foi sugerida pelos consultores do Sebrae, em 2020, e veio ao encontro da necessidade de comercializarmos em outras regiões. Com o Susaf [Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte], que é algo recente, é possível vender em todo o Estado. Somado à marca coletiva, pode abrir novos mercados”, avalia Claudemir Roos, presidente da entidade.

O presidente da Aprosud, que tem uma queijaria em Chopinzinho, pontua que a marca coletiva é o primeiro passo de um processo que pode culminar com a solicitação de Indicação Geográfica (IG).
“O queijo colonial é característico da região Sul do País. O grande diferencial está na utilização do leite cru, sem perder as propriedades, o que proporciona um sabor característico. Seguimos modelo de fabricação melhorado e modernizado, mas seguindo a receita antiga. É um resgate cultural.”

Produção familiar é característica da região
A cadeia produtiva do queijo colonial também é analisada em um projeto do campus da UTFPR de Francisco Beltrão, coordenado pelas professoras Fabiane Picinin de Castro Cislaghi e Andréa Cátia Leal Badaró, e que tem apoio do Ministério da Agricultura, CNPq, Sebrae, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) e cooperativa Cresol.
“Os parceiros estão atuando em conjunto para impulsionar essa cadeia produtiva e valorizar o queijo colonial. Quando se fala em queijos artesanais, as pessoas pensam em Minas Gerais e São Paulo. Mas, o Paraná também tem um produto com características únicas.”

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