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Francisco Beltrão
domingo, 01 de junho de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Recém-nascidos são abandonados em sacola plástica

Lar temporário cuidou dos filhotes e, quando ficaram fortes, foram destinados para adoção responsável.

 

Sabrina Silveira Stürmer com Cloe, que já ganhou um novo lar. 

A voluntária da ONG Arca de Noé Luana Ottoni, de Francisco Beltrão, recebeu denúncia de que havia uma bolsa plástica com cinco filhotes de cães recém-nascidos e abandonados na trincheira, na saída de Beltrão para Realeza. Eles estavam ainda com o cordão umbilical quando outra voluntária, Leidiane Candido, os resgatou e levou-os  para Sabrina Silveira Stürmer, que já havia cuidado de um caso semelhante. 

Das cinco cachorrinhas recém-nascidas, uma não sobreviveu, mesmo com todo o cuidado e carinho. Os animais estavam muito debilitados. Três delas já foram adotadas e a última filhotinha estava para adoção ontem, na feira organizada pela ONG. 

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Os filhotes cresceram e ficaram fortes. Desses quatro, somente um ainda está para adoção. 

“Uma não resistiu, ela ficou o dia todo fora do saco, no sol. Nós a resgatamos com vida, mas no outro dia morreu. Recebi a denúncia ao meio-dia, mas estava no trabalho e não consegui buscá-las, então pedi para a Leidiane Candido, que as resgatou e levou para a Sabrina, pois ela já havia cuidado de uma situação parecida, mas com gatos”, conta Luana. 

Os recém-nascidos são muito frágeis, segundo Luana, e as pessoas que não podem ficar com os filhotes devem deixá-los desmamar na idade de 40 dias, mais ou menos, e aí sim procurar a adoção responsável. “Nunca passei por isso antes, ter em mãos seres tão frágeis faz a gente refletir sobre a crueldade humana”, analisa Luana. 

 

Um dos filhotes sendo amamentado .

Sabrina, que oferece lar temporário, quer ser veterinária e ressalta que cuida porque ama os animais. Quando as recém-nascidas chegaram a casa dela, estavam muito frágeis. Para alimentá-las, a voluntária aprendeu a fazer o leite caseiro e as medicou até sair o cordão umbilical que havia sobrado. 
Para Sabrina, a maior dificuldade era levantar à noite para alimentá-las e trocar os panos. “Eu já tinha cuidado de um cãozinho filhote, com nanismo, e alguns gatinhos, mas quatro de uma vez eu ainda não tinha passado por isso”, comenta a cuidadora. 
A mãe de Sabrina, Maria do Carmo, a ajudou nos cuidados dos filhotes, ainda mais quando choravam. Sabrina aceitou ser lar temporário porque gosta de cuidar dos bichos. “Sempre gostei de animais, desde pequena. Então me informei na ONG como ajudar no cuidado. É muito difícil colocá-los para doação. Dá uma dor no coração e, quando doo, eu ligo na tarde do mesmo dia para saber como está e marco uma visita”, conta. 
Mais um filhote
Na tarde de quinta-feira, 4, feriado de Corpus Christi, as voluntárias encontraram mais um recém-nascido abandonado. Sabrina chegou a pensar que ele não iria sobreviver, mas o cãozinho já está ficando forte. 

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