Coleta em Coronel Vivida começa segunda-feira. Francisco Beltrão e Pato Branco realizaram na semana passada.
no Calçadão, para encaminhar para o desmonte.
Desde que começamos com essa história de mundo moderno e que a humanidade passou a se reunir em aglomerados urbanos, o lixo se tornou um dos maiores problemas da civilização. Produzimos cada vez mais resíduos, detritos e restos de todo tipo. E com a tecnologia crescendo vertiginosamente, o lixo eletrônico vem se tornando um dos protagonistas do problema.
Televisores, computadores, celulares e todos esses apetrechos – indispensáveis hoje em dia – mudam diariamente, ganham novas versões. E as antigas se tornam obsoletas, velhas, inúteis, enfim, lixo. Mas é um lixo diferente, que, se não for descartado corretamente, pode se tornar extremamente prejudicial. “Ele contém materiais pesados, aí as pessoas jogam em lotes, terrenos, vem a chuva, passa por esses materiais e desce pro lençol freático. Com isso, contamina o solo e a água”, conta Wellington Cesar Vetorello, da empresa Ambients, que recolhe esse tipo de material por todo o Sudoeste.
Por isso, esse tipo de resíduo não pode ser deixado no lixo comum. Deve ser separado e descartado apenas em locais autorizados. “Infelizmente, ainda tem muita gente que descarta errado. Os mutirões da dengue desse ano recolheram muito lixo eletrônico em estradas, calçadas e terrenos”, acrescenta a secretária do Meio Ambiente de Francisco Beltrão, Joice Bariviera.
O que fazer com o lixo
Para lidar com esse problema, Beltrão aproveitou o Dia Mundial do Meio Ambiente, em 5 de junho, e organizou uma campanha e recolhimento de lixo eletrônico na semana passada, nos dias 2 e 3. “Foi a segunda do ano e, dessa vez, recolhemos cerca de dez toneladas de lixo”, lembra Joice. A previsão é fazer quatro campanhas ao ano e, segundo Joice, “a população tem sido muito parceira e as campanhas são positivas”.
Esse lixo é encaminhado para empresas como a Ambients, que desmontam o equipamento, utilizam as peças ainda aproveitáveis e encaminham o resto para reciclagem.
Pato Branco seguiu o mesmo caminho e na quarta-feira, 3, recolheu cinco toneladas de lixo eletrônico em uma campanha do poder público em parceria com a associação comercial. O secretário do Meio Ambiente de Pato Branco, Nelson Bertani, conta que, além de ambiental, a campanha também tem efeito social. “Entre os equipamentos que recebemos, doamos os que ainda funcionam para a população mais carente e também para famílias de haitianos que moram na cidade. O resto vai para o desmonte.”
Já em Coronel Vivida, a campanha ainda está para acontecer. Segundo a assessoria de comunicação do município, a coleta começa na próxima segunda-feira, 15, e a expectativa é de recolher mais de quatro toneladas de lixo. Esse material poderá ser entregue na Prefeitura, no prédio do antigo Fórum, nos dias 15, 16 e 17, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h.
Clair Antonello, do setor de Meio Ambiente da Prefeitura de Dois Vizinhos, conta que o município também dá atenção para a questão com uma campanha anual. “Mas fazemos mais conscientização e somos fomentadores e fiscalizadores. A responsabilidade de recolher é do fornecedor”, comenta.
Pontos de coleta
Além das campanhas, a população também pode descartar seu lixo eletrônico nas empresas fornecedoras. Segundo a secretária Joice, Francisco Beltrão conta com cinco empresas cadastradas para o recolhimento: IGS Informática, Eletrônica Scotti, Eletrônica Tabajara, Cia da Informática e Biavatec. Em Pato Branco, o secretário Bertani lista como coletoras a Ambients, a empresa Meio Ambiente e a Viasoft.