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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Rotary Cango lança o Projeto Água Boa para atender pequenas propriedades

Iniciativa tem parcerias com Cresol, Unipar e laboratório de análises químicas.

Integrantes do Rotary Clube Francisco Beltrão – Cango na divulgação do projeto.

O Rotary Club de Francisco Beltrão – Cango está lançando o Projeto Água Boa, em parceria com a Cresol, o campus da Universidade Paranaense (Unipar) de Francisco Beltrão, o Laboratório LGQ e a Prefeitura de Francisco Beltrão. O principal objetivo do projeto é fazer com que as famílias que vivem nas pequenas propriedades rurais tenham água de boa qualidade para o consumo e para que seja utilizada nos produtos da agricultura familiar com os quais trabalham. 

O presidente do Rotary Cango, Alesandro Ferreira Gonçalves, avalia que a iniciativa é importante, porque o Rotary Internacional sempre dá atenção às questões relativas à preservação ambiental e toda a ajuda nesse sentido é fundamental. “O enfoque às questões ambientais é um dos pilares de atuação do Rotary no mundo todo, e não poderíamos deixar de dar a nossa contribuição a essa causa. Agradecemos aos nossos parceiros que nos ajudam e acreditam no nosso trabalho em prol da sociedade.”

Prioridade do Rotary
O farmacêutico e doutor em microbiologia, Volmir Benedetti, que é professor dos cursos da área da Saúde da Unipar, também faz parte do Rotary Clube Francisco Beltrão – Cango. Ele é o responsável pelo desenvolvimento do projeto e conta que a ideia surgiu a partir de uma conversa entre os companheiros do clube. “O Rotary Internacional preconiza a área de recursos hídricos e saneamento básico. Conversamos no clube, escrevi o projeto e apresentei aos nossos parceiros, que prontamente aceitaram nossa proposta.” Todo o trabalho do Projeto Água Boa consiste em analisar as fontes e poços rasos que existem nas 20 propriedades de comunidades que inicialmente foram selecionadas para serem visitadas. “São fontes que as famílias, que moram no interior, utilizam para o seu consumo. Vamos analisar e atestar se essa água é potável ou não e, caso não seja, vamos orientar como as famílias devem proceder para fazer o tratamento, a fim de que a água volte a ter qualidade desejável para o consumo humano, animal e utilização no cultivo de produtos.” 

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Coletas e análises
As primeiras coletas de água para análise foram feitas quinta-feira, 1º de julho. A equipe do projeto visitou propriedades nas linhas Santo Isidoro e Água Vermelha para, de forma adequada, coletar amostras da água que é utilizada diretamente pelas famílias. O professor Volmir revela que as coletas foram realizadas em propriedades de famílias que foram pré-selecionadas nesta primeira fase do projeto e, à medida que a demanda aumentar, mais famílias poderão se cadastrar. “Nossa ideia foi começar com 20 famílias, mas vamos expandir.”Na Linha Água Vermelha, a propriedade visitada foi a da família Feltrin, que conta com um sistema de coleta e filtragem da água que é consumida por diferentes famílias, que vivem em sete casas. “A coleta da água é feita de um riacho, porque já não existem mais fontes naquele local. Depois, ela passa por um sistema de filtragem e cloração”, diz Volmir. 

A qualidade da água avaliada é a de consumo depois do processo de cloração.Na Linha Santo Isidoro, foram visitadas as propriedades de Débora da Silva e Nelson Parizotto para as coletas.  Agora, a água coletada em todas as propriedades será analisada e os resultados serão levados até as famílias. “Após fazermos todas as análises, físico-químicas, microbiológicas e parasitológicas, vamos emitir um laudo com os resultados, que serão entregue às famílias, junto com uma cartilha com boas práticas e normas de cuidado para proteger as fontes. Caso a água esteja imprópria para o consumo, vamos orientar sobre como tornar essa água novamente potável”, esclarece Volmir.  

Projeto importante
A produtora rural Débora da Silva, da Linha Santo Isidoro, diz que o Projeto Água Boa vem para trazer mais benefícios às famílias do interior e revela que ficou muito feliz em ter sua propriedade dentre as escolhidas para participar. “Nunca fizemos análise da nossa água, mas queremos sempre melhorar para nos beneficiarmos dessa riqueza natural que é tão importante para a vida. Água é vida!”, comemora.

Expansão
Até o fim do ano, o projeto deve ser realizado em formato ‘piloto’, ou teste, para a análise das 20 fontes ou poços das comunidades do interior e, de acordo com Volmir, se houver sucesso, deve ser expandido. “Nosso plano é prorrogar o projeto pelo Fundo Rotário por um ou até dois anos. Vamos ter subsídios para ampliar o número de propriedades atendidas para quem sabe, chegarmos a 50 em 2022”, completa. 


Normatização que dispõe sobre a água para consumo humano no Brasil
O padrão de potabilidade no Brasil é estabelecido pelo Anexo 20, da Portaria de Consolidação n° 5, de 28 de setembro de 2017, que dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, bem como estabelece as competências e responsabilidades atribuídas ao setor saúde, nas três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde, e aos responsáveis pelos sistemas ou soluções alternativas coletivas de abastecimento de água.

A legislação apresenta, como um de seus principais avanços, a necessidade de avaliação sistemática do sistema e/ou solução alternativa coletiva de abastecimento de água sob a perspectiva dos riscos à saúde, conforme os princípios dos Planos de Segurança da Água (PSA), recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), além de aspectos complementares relativos aos fatores de riscos à saúde pública relacionados aos patógenos de difícil remoção por meio dos processos convencionais de tratamento. (Fonte: Site Ministério da Saúde).

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