Geral

A administração municipal de Francisco Beltrão, por meio do Departamento de Cultura, oferece várias oficinas culturais para a população. As oficinas não têm limite de idade, um exemplo é na oficina de zumba ministrada pela professora Vera Lucia Lorence que acontece no Centro de Convivência do Bairro Júpiter, onde tem como aluna a dona Santa Lima, de 87 anos.
Santa Lima nasceu em Lajeado (RS), em 1934. Lá se casou com Arduíno Lima (em memória) e teve sua primeira filha. Em 1946, quando a criança tinha 32 dias, a família de dona Santa se mudou para o Paraná, para morar na comunidade de Rio Erval, em Francisco Beltrão. Quando chegaram em Beltrão tinham uma vida muito simples, moravam numa casa de madeira coberta de palha de coqueiro e de chão batido.
Dona Santa e a família trabalhavam na lavoura e, no Paraná, nasceram os outros três filhos. Logo depois compraram terras na comunidade de Rio Guarapuava. Nesta época abrir um bar e seu Arduíno era subdelegado. Durante uma briga que aconteceu no bar ele foi assassinado a tiros. Dona Santa ficou viúva com duas crianças pequenas. Ela continuou trabalhando muito e ainda cuidava da sogra, que era deficiente, durante 45 anos.
Muitos anos depois, ela se mudou para a cidade, comprou uma casa no Bairro Vila Nova e casou-se com Luis Fávero (em memória). Eles viveram juntos durante dez anos e dona Santa ficou viúva novamente. Algum tempo depois, ela se mudou para o Bairro Júpiter onde mora atualmente. No bairro, participou como voluntária da Pastoral da Criança, sempre auxiliou em diversas atividades da comunidade e, juntamente com Ivo Borguezan, trabalhou para a viabilidade da construção do Centro de Convivência do Bairro Júpiter.
Dona Santa acompanhou a história de Francisco Beltrão. Ela já morava no interior do município quando aconteceu a Revolta dos Posseiros, em 1957, viu a cidade se desenvolver, crescer e diz que tem muitas histórias para contar. “Quando cheguei aqui só tinha algumas casinhas e muito mato, acompanhei a evolução de Francisco Beltrão e vi a cidade ficar cada vez mais bonita. Tenho muito amor por esta terra que me acolheu 65 anos atrás.”
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Dona Santa revela o segredo da vitalidade. Está com 87 anos e dança zumba com muita animação. “Eu sempre gostei de dançar, antes da pandemia frequentava os matinês dos idosos, voltei a fazer aula de zumba, me alimento bem, sempre fiz exercícios, mas, além disso, o mais importante é ter alegria, boas amizades, ajudar as pessoas e viver feliz. Eu sinto muita alegria de viver e sempre que posso ajudo as pessoas, fazer o bem não custa”, finaliza a pioneira, dona Santa Lima.
