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O quase 100 trabalhadores da Santa Rosa foram impedidos de entrar na sede da empresa e assumir seus postos na véspera do feriado em Clevelândia. A Santa Rosa iniciou suas atividades em março de 2010, administrada por um grupo empresarial que assumiu o controle da massa falida da Olvepar. A empresa chega a processar 300 mil toneladas por ano, transformando a soja em óleo vegetal bruto. São 1.5 mil toneladas por dia, gerando além do óleo os subprodutos do farelo e casca de soja, utilizada na produção de ração animal.
Os trabalhadores foram proibidos de acessar a empresa, inclusive para retirar objetos pessoais. Ninguém da administração da Santa Rosa apareceu para dar qualquer explicação. Os salários dos trabalhadores estão atrasados, e as informações são de que a indústria estará trocando de mãos novamente. Mas ninguém confirmou oficialmente os rumores, de que grupos locais entre elas uma cooperativa estaria interessada na aquisição. Os trabalhadores se reuniram na manhã desta quinta-feira para um protesto pacífico na frente da empresa. Apenas os seguranças estavam no local e impediram o acesso ao interior da planta industrial. No final do dia de ontem, um comunicado teria sido enviado aos trabalhadores que os pagamentos atrasados seriam depositados nas contas nesta sexta-feira. Ninguém da direção da Santa Rosa foi localizado para dar esclarecimentos sobre o futuro da empresa.
Informações obtidas através de fontes que pediram anonimato indicam que desde que assumiu o grupo Santa Rosa não pagou o valor do arrendamento em sua integralidade. Há praticamente seis meses os trabalhadores estão de braços cruzados. A síndica, nomeada pela justiça, uma juiza de Mato Grosso, disse que agora vai resolver o passivo da massa falida. A reintegração de posse para a Massa Falida foi realizada na tarde de quarta-feira, quando a indústria foi lacrada. A informação é de que até segunda-feira, a cooperativa deve ser autorizada a assumir a gestão da indústria.
