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A Polícia Civil elucidou um fato que repercutiu bastante na imprensa local, segundo o qual, na manhã de 24 de dezembro de 2020, teria ocorrido o roubo de uma carga de cigarros e outros objetos na Rodovia Vitório Traiano, Bairro Seminário, em Francisco Beltrão.
Conforme divulgado à época, um funcionário da empresa – o qual estava na condução da Van devidamente carregada – teria sido fechado por um automóvel, sendo que do interior deste teriam saído dois homens armados com revólver e pistola e teriam rendido o funcionário da empresa.
Os assaltantes teriam – em tese – transportado o funcionário até um local ermo, onde realizaram a subtração das mercadorias, passando-as para outro caminhão. Por fim, o funcionário teria sido supostamente amarrado e deixado no compartimento de cargas da Van, sendo que – após conseguir se livrar das amarras – teria procurado a Polícia Militar para registrar o roubo.
Assim que teve conhecimento do suposto “roubo à mão armada”, a Polícia Civil de Francisco Beltrão deu início à investigação, logrando êxito em colher elementos veementes que informam que o roubo não ocorreu da forma como descrita pela suposta vítima.
“Ao contrário, as provas colhidas indicam que, na verdade, o funcionário da empresa teria previamente pactuado a subtração da carga avaliada em mais de R$ 400 mil com outros indivíduos ainda não identificados, inclusive passando instruções de como deveria ser realizada a abordagem fictícia, visando assim enganar tanto os órgãos de segurança que fariam a investigação quanto a própria empresa”, diz o delegado-chefe da 19ª SDP, Ricardo Moraes Faria dos Santos.
Ontem, a Polícia Civil cumpriu mandado de busca na residência do citado funcionário, sendo que foram apreendidos alguns objetos similares aos que estavam na carga subtraída, bem como o suspeito foi formalmente indiciado pelos delitos de furto qualificado mediante fraude e concurso de agentes, além do delito de comunicação falsa de crimes, cujas penas podem atingir patamar de 8 anos e 6 meses de reclusão.
A investigação permanece visando apurar quem teriam sido os comparsas da prática delitiva e qual a destinação conferida à carga furtada. Em decorrência de vedações constantes em lei, a Polícia Civil não pode divulgar o nome e nem fotos do suspeito.
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