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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.213

28/05/2025

”Sentimento é de repúdio e impotência”, diz professora sobre embate com a polícia

Em Curitiba, policiais militares utilizaram spray de pimenta e gás de efeito moral diante dos protestos. Em Francisco Beltrão, categoria fez ato ontem

 

APP -Sindicato conseguiu participação nas sessões legislativas de votação do PL 252/2015.

 Ontem foi o segundo dia de protestos contra o projeto de lei que modifica a Paranaprevidência, mas desde a madrugada informações davam conta que houve tumulto e confronto com a polícia, nas proximidades do Centro Cívico, em Curitiba. Professores e representantes de sindicatos de servidores do governo do Estado ocupam a Praça Nossa Senhora da Salete e as ruas ao redor da Assembleia Legislativa (Alep). 

De acordo com a professora Roseli de Jesus, da Secretaria Geral da APP-Sindicato/Núcleo de Beltrão, os professores que estão em Francisco Beltrão receberam as notícias na manhã de ontem com tristeza. “Não tem como descrever o sentimento de repúdio e impotência quanto às ações da polícia. Nós que motivamos nossos alunos a defender seus direitos. Só as imagens são repugnantes e somadas às ações do governo passa para os policias tornam um sentimento de revolta”, diz professora. 
Roseli informa que nenhum professor do núcleo sindical de Beltrão ficou feriado, mas “que companheiros de outros núcleos tiveram ferimentos leves, principalmente na tentativa de não ser atingidos pela polícia”. Durante a madrugada, professores informaram que policiais militares tentaram retirar dois caminhões de som que chegavam próximos à Alep. No início da manhã, a categoria tentou entrar novamente com outro caminhão próximo à Praça Nossa Senhora da Salete e o confronto teria sido motivado com a tentativa de remoção dos veículos pela polícia. 
Em Francisco Beltrão, professores ligados à APP- Sindicato e a Unioeste fizeram passeata ontem pela manhã, com a saída em frente à sede do sindicato até o Calçadão Central. Com mordaças e símbolos de luto, eles protestaram e informaram à população os motivos da greve.
Ontem à noite, também sairiam quatro ônibus e uma van com professores do núcleo sindical de Beltrão para apoiar os protestos em Curitiba. 

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Categoria teve duas conquistas ontem
No segundo dia de cerco fechado à Assembleia Legislativa do Estado, a APP-Sindicato obteve a primeira grande conquista da greve: a decisão do Supremo Tribunal de Justiça que concedeu à categoria a garantia da participação nas sessões legislativas de votação do PL 252/2015 (até então fechadas à comunidade). 
Na sessão legislativa às escondidas de segunda-feira, 27, a bancada de apoio ao Governo, conseguiu, com 31 votos a 21, aprovar a constitucionalidade da proposta. A bancada de oposição na Câmara apresentou algumas emendas ao texto aprovado, o que garantiu 24 horas a mais para apreciação dos textos. Tempo em que servidores, organizados pela APP, aproveitaram para buscar no TJ a liminar que garante a participação na próxima votação. 
A segunda vitória aconteceu após o enfrentamento físico. Pela manhã, houve confronto direto com a Tropa de Choque da Polícia Militar – a categoria diz ser a mando do secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini – que tentou impedir arbitrariamente que os educadores permanecessem nas ruas aos arredores da Assembleia. 
Os textos das emendas do projeto de ajuste fiscal voltam revisados na sessão legislativa de hoje, quando está previsto a grande mobilização em frente à Alep. 

Tramitação do projeto  na Alep
No início da tarde de ontem, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), apreciou as 16 emendas ao projeto de lei 252/2015. Os deputados fizeram uma sessão relâmpago, que durou menos de 10 minutos. O relator da Comissão, o deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), deu parecer favorável a 13 das 16 emendas. Dentre as que foram acatadas pela Comissão, nove são de autoria do Fórum das Entidades Sindicais (FES), de acordo com informações passadas pela liderança do Partido dos Trabalhadores na Alep. Mas, ainda assim, não significa que elas serão aprovadas hoje, durante a segunda votação do projeto. A única emenda do FES que recebeu parecer contrário do relator foi a que retira os critérios de segregação de massas.

Em Beltrão, ontem pela manhã, professores fizeram passeata pelo centro. 

 

 

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