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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Servidores estaduais da saúde pressionam governo e paralisam hoje e amanhã

Categoria defende reajuste de 8,17% sem parcelamentos, com greve em tempo determinado.

 

O servidor Fernando Acosta frisa que, além do reajuste salarial, a categoria reclama de falta de 
profissionais dentro dos hospitais. 

Em assembleia, servidores estaduais da saúde decidiram por paralisar hoje e amanhã como pressão para que o projeto de lei da data base da categoria garanta o reajuste de 8,17% sem parcelamento. Além do reajuste, a pauta da campanha salarial inclui a regulamentação de folgas trabalhadas em feriados, reajuste da Gratificação de Atividade de Saúde (GAS), – que de acordo com o SindSaúde esse reajuste está defasado em 18,5%, – também pedem respeito à decisão do Supremo Tribunal Federal que determina jornada máxima de até 30 horas e respeito às leis federais. 

Fernando Acosta, diretor do SindSaúde Paraná – núcleo de Francisco Beltrão, frisa que os servidores da saúde não querem “deixar desguarnecida o atendimento à população, mas que os dois dias de paralisação são necessários porque é um momento importante”. De acordo com Fernando, a Assembleia Legislativa do Paraná deve votar entre hoje e amanhã 5% de reajuste salarial, indo contra os pedidos dos sindicatos. 
Os trabalhadores da saúde estão em estado de greve desde o dia 29 de abril. Por dois dias, eles saem do estado de greve e entram em greve em tempo determinado, ou seja, paralisam as atividades. No entanto, Fernando esclarece que não serão fechadas as Unidades de Tratamentos Intensivos (UTIs Neonatal e Adulta), centro cirúrgico e emergência. E entrarão em regime de escala setores como lavanderia, copa, cozinha, ambulatório e lactário, para isso serão mantidos 30% dos servidores nos postos de trabalho. 
“Primeiramente, estamos indignados com relação à ParanáPrevidência, que o governo tomou de nós, e estávamos tentando negociar isso desde fevereiro deste ano. Em maio é nossa data base, nós fizemos reunião com o governo e não ficou nada acertado. Então, além disso, estamos reclamando a previdência, a falta de profissionais dentro dos hospitais, a sobrecarga de trabalho e a regulamentação de folgas de feriado”, cita Fernando. 
O diretor do SindSaúde lembra que em 2010 havia um acordo de “bom cavalheiros” entre os servidores da saúde e do governo do estado, no qual eles trabalhavam o feriado e recebiam uma folga de 12 horas. “Durante quatro anos foi respeitado, no entanto ele não cumpriu a promessa que iria regulamentar e é isso que estamos pleiteando”, ressalta Fernando. 

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Futuro da paralisação
Na quinta-feira, 28, o SindSaúde voltará a se reunir, em Curitiba, para analisar a paralisação. Se a greve com tempo determinado tiver adesão de mais de 60% dos trabalhadores e não houver negociação com o governo, a greve deve continuar, caso contrário haverá recuo da categoria. 

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