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A concessão do Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, consolida um sonho antigo dos paranaenses: garante a construção da terceira pista ao terminal internacional que atende Curitiba. Obra significativa para a independência do complexo, traz como reflexo imediato a perspectiva de aumento na movimentação de passageiros com a abertura de voos diretos para Europa e Estados Unidos, acabando com a necessidade de conexão em outras capitais do País.
“É uma demonstração de que o Paraná vem se desenvolvendo na infraestrutura como um todo, incluindo a aeroportuária, que também é importante para o desenvolvimento do turismo no nosso Estado, que é muito forte. Temos essa vocação e agora, com essa força dos aeroportos, ela ganha mais musculatura”, destacou o governador Ratinho Júnior.
É, também, um salto na logística do Paraná. É por esse novo equipamento, projetado para ter 3 mil metros de comprimento e maior capacidade para receber e enviar cargas, que o setor produtivo do Estado espera intensificar o comércio para o exterior.
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Faep: aviões maiores
“Essa obra vai impulsionar, ainda mais, o agronegócio paranaense. Hoje muitos produtos já são exportados por via aérea em função das suas características. A terceira pista, que será mais longa que as duas atuais, vai permitir que aviões maiores, inclusive cargueiros, possam operar no Afonso Pena”, afirmou o presidente do Sistema Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Ágide Meneguette.
O Aeroporto Internacional Afonso Pena era o único das capitais da Região Sul que ainda não tinha sido privatizado. A previsão é que ele receba R$ 566,2 milhões de investimentos nos próximos 30 anos.
Além da construção da terceira pista, estão previstas, também, ampliação da área de embarque de passageiros e do pátio principal, a construção de um novo paátio e a criacãode uma ponte de embarque, entre outras ações, divididas em três fases de execução.
Ocepar: mais de 120 países
“Mantemos contato com envio de produtos para mais de 120 países hoje em dia. Essa pista vem para facilitar muito a vida de quem exporta. A médio e longo prazo o impacto será muito grande em toda a cadeia no comércio internacional”, avaliou José Roberto Ricken, presidente-executivo do Sistema Ocepar e coordenador do G7, grupo que representa as lideranças do setor produtivo paranaense.
ACP: transformação
Presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Camilo Turmina ressaltou que a ampliação de capacidade do principal terminal paranaense vai transformar a região de Curitiba na porta de entrada do Mercosul. “Faltava esse aprimoramento mesmo. A obra cria oportunidades aqui e coloca a cidade definitivamente no roteiro internacional como o principal ponto dos países que formam o Mercosul”, disse.