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É cada vez maior a quantidade de famílias que opta por uma piscina em casa, pois é ótima opção de lazer para as pessoas e também para os pets, especialmente os cães. Isso mesmo, os animais estão liberados para este espaço, desde que sejam tomados alguns cuidados básicos. Muita gente tem dúvida se é bom, saudável e seguro para toda a família, que pets entrem na piscina, mas, desde que bem cuidados, não representam riscos de transmitir doenças ao entrarem na piscina.
A arquiteta Tamara Ribeiro, sócia da Kisol Piscinas, afirma que os tutores devem prestar atenção nos itens de segurança para evitar acidentes com a piscina. E cita como exemplo as proteções em torno do espaço, como telas, capa de proteção e, em alguns casos, sistemas automatizados, para mantê-los em segurança. Os mesmos itens também funcionam perfeitamente para prevenir acidentes com idosos e crianças. A utilização de coletes ou flutuadores são indispensáveis para a segurança do animal de estimação. Outra coisa fundamental é a escada ou rampa para que o animal consiga sair da piscina. Este item existe avulso, por exemplo, para comprar caso o cliente não tenha.
Assim como os humanos, os pets também necessitam de ambientes higienizados, para evitar que ocorram doenças de pele, intoxicações ou alguma complicação na saúde. De acordo com a arquiteta Tamara Ribeiro, na piscina, tal cuidado pode ser realizado investindo na boa qualidade da água, especialmente porque ao nadar é provável que o cachorro engula uma boa quantidade de líquido. “Sendo assim, verifique se os níveis de cloro estão em dia, bem como o pH da água. O ideal é que a água fique sempre cristalina, com um pH podendo variar de 7,0 até 7,4, lembrando que a presença do animal não altera o tratamento da água.”
O processo pode ser colocado em prática tanto com a ajuda de profissionais do ramo quanto com a utilização de equipamentos próprios para manter a água em movimento e evitar a proliferação de parasitas e bactérias. Cães, por exemplo, soltam muitos pelos na água, problema que pode ser resolvido com a instalação do Skimmer, que auxilia na remoção da sujeira superficial suspensa na água. Tamara Ribeiro salienta ainda que para quem não quiser fechar a piscina com armações impróprias, cercas, telas ou barras de metal, há um dispositivo colocado na coleira do cachorro, que emite um alarme quando ele sai do perímetro determinado. É uma forma usada por muitos criadores de manter o animal longe da água sem sacrificar o visual da sua piscina.
Exame periódico do pet é bom
O veterinário Marcos Douglas Santolin ressalta que, se o pet está em dia com sua saúde, não há riscos para os humanos. São necessários cuidados simples, desde banhos periódicos, supervisão e controle para evitar parasitas, vacinação, escovação dos dentes e limpeza dos ouvidos. “O animal estando em boas condições de saúde e não tendo medo de nadar, pode, sem problemas, curtir uma piscina, principalmente no verão.” Antes de tudo, recomenda, é importante levar o amigo de quatro patas a um veterinário, que é o profissional capacitado para analisar sua situação de saúde.
Mas é bom que se diga, caso o tutor negligencie com cuidados de higiene e saúde do pet: o animal pode ficar suscetível a se contagiar ou transmitir doenças. “Por isso se fazem necessários exames de rotina para ver se o animal está apto a entrar na piscina, algo parecido como é com os humanos quando frequentam piscinas de clubes e têm que ir antes ao médico para ver se está tudo ok”, comenta Marcos.
Nem todos cachorros sabem nadar
Outro detalhe importante é que, ao contrário do que muitos pensam, nem todos os cachorros sabem nadar e alguns têm até medo de entrar na água. “Os que não sabem requerem paciência e estratégia para aprenderem a nadar, a fim de não ficarem traumatizados com a piscina. Dessa forma, nada de jogar o animal na piscina de supetão, pois, além de provocar tensão, pode também correr o risco de ele engolir água e até se afogar”, reforça o veterinário. O ato de nadar exercita o animal, é uma aventura e diversão pra ele, desde que tudo seja supervisionado pelos humanos.
Cuidados durante e pós piscina
Se a piscina recebe tratamento com cloro, a recomendação é que após nadar nela se dê um banho de água potável com shampoo neutro no animal, e secar bem o pelo dele para evitar que o excesso de umidade desencadeie dermatite na pele do pet. Outro cuidado importante é não alimentar o pet antes do banho de piscina, pois ele pode ter uma congestão ou passar mal. É possível usar protetor solar próprio para pets, para passar nas orelhas e no focinho dele. Além disso, o recomendável é ir na piscina quando a temperatura estiver mais amena, ficar com o pet em um lugar mais fresco, evitando assim a desidratação dele por conta do calor. O veterinário Marcos Douglas observa que é importante verificar se há água no ouvido do animal, pois pode gerar um quadro de inflamação chamado de otite.
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