“Estávamos com nosso positivo em mãos, foram tantos negativos que não parecia ser verdade”

A professora Simôni Schlikmann de Ávila levou pelo menos cinco anos pra realizar o sonho de ser mãe. Após um ano de casamento, ela e o marido, Flávio de Ávila, decidiram “completar” a família. No início, tentaram um ano sem êxito, foi quando a dra. Danuza Pietrowski identificou que Simôni tem ovários policísticos, ou seja, não ovula todos os meses, o que dificulta para engravidar.
Simôni começou tratamento com o dr. Marcelo Righi, especialista em fertilidade, que confirmou as dificuldades para engravidar naturalmente. Foram vários tratamentos até chegar ao tão aguardado “positivo”.
Inicialmente, o casal tentou o coito programado, no qual ela usava medicação para que a ovulação acontecesse; durante o período da medicação também realizava ultrassons para ver se estava respondendo bem e na data da ovulação acontecia a relação sexual programada. Após alguns meses, optaram pela inseminação artificial, cujo gasto seria maior e não havia cobertura do plano de saúde. Foram duas inseminações até a concepção de Luiz Felipe.
Em fevereiro de 2019 fizeram a primeira inseminação. “Quando iniciou meu novo ciclo menstrual, começamos o tratamento com medicação para ovular e ultrassons para ver se estava respondendo à medicação, com 14 dias de medicação estava com dois folículos bons e fomos até Pato Branco fazer a inseminação (com o mesmo médico que estava me acompanhando em Beltrão, mas aqui não tem clínica especializada para esse tipo de tratamento). 14 dias após a inseminação estávamos com nosso positivo em mãos, foram tantos negativos que não parecia ser verdade.”
Com seis semanas de gestação, descobriram que seriam gêmeos univitelinos, mas infelizmente com oito semanas, durante um ultrassom, não havia mais batimentos. “Eles haviam virado estrelinhas no céu, tive um aborto retido, precisei passar por curetagem para retirada dos fetos. Tudo muito triste e difícil, mas em momento algum pensamos em desistir do nosso sonho.”
Exames indicaram uma possível causa do aborto, então, no ano passado, realizaram novamente a inseminação, com os mesmos procedimentos da anterior. “Nosso segundo positivo. Foi uma gestação tranquila, tive que tomar medicação até a 20ª semana para tratar o possível motivo do aborto anterior e em 2021 recebemos nosso pequeno em nossos braços.”
O nascimento de Luiz Felipe estava previsto para dia 29 de janeiro, mas a bolsa rompeu dia 26, antecipando a cesárea. Ele nasceu pesando 3,695 kg e medindo 50 cm. “Que minha história sirva de inspiração para outras mulheres que também passam pelo que a gente passou, para nunca desistirem. Penso, sim, em ter mais um filho, dar um irmãozinho para o Luiz, mas deixo essa vontade nas mãos de Deus, ele sabe dos nossos sonhos e o que é melhor para nós, se for pra ser, no momento certo vai acontecer.”
