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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Sítio de seu Idilio tem mais de 100 peças antigas

Até a chegada da pandemia, local era ponto de visitação das escolas.

Idilio Maurina em seu sitio em 2019 e em Marau (RS) em 1967.
Máquina de matar formiga, tem mais de 100 anos.

O pioneiro Idilio Maurina, 75 anos, tem um acervo de peças antigas que faz de seu sítio um ponto de visitação. São mais de 100 peças, algumas centenárias; mostram o modo rústico dos agricultores que colonizaram a região Sudoeste do Paraná. Antes da chegada da pandemia, muitas escolas iam até o local para conhecer os artefatos e ferramentaria antiga.  

O pioneiro Idilio Maurina, 75 anos, tem um acervo de peças antigas que faz de seu sítio um ponto de visitação. São mais de 100 peças, algumas centenárias; mostram o modo rústico dos agricultores que colonizaram a região Sudoeste do Paraná. Antes da chegada da pandemia, muitas escolas iam até o local para conhecer os artefatos e ferramentaria antiga.  

Essa peça é muito interessante. Corrente utilizada para medir terra.

Idílio nasceu em Marau (RS) e veio residir no município de São João em 1967, na região de Alto Alegre, onde já morava uma irmã sua, casada. Posteriormente, casou-se com Gesselina Terezinha Casarin e foram morar no Distrito de Nova Lourdes (São João) em 1971, onde estabeleceram um comércio do tipo “armazém secos & molhados”; vendiam desde café a granel a produtos de higiene e roupas. Tendo em vista a paixão que seu Idilio tem por criação de gado, buscou manter de forma paralela o trabalho com a atividade rural, em sua propriedade localizada a uns 8 km do Distrito de Nova Lourdes. Aliado a isso, formou, em janeiro de 1986, o Piquete Tropilha Serrana, constituído por amigos que também simpatizavam e cultuavam a tradição gaúcha.

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Assim, a partir de 1986, foram realizados vários rodeios crioulos, na propriedade do seu Idilio, superando as expectativas de público. Os eventos contemplavam várias provas tradicionalistas como tiro de laço, gineteada, trova, chula, inclusive com missa crioula.A filha Keli Cristina Maurina ressalta que uma das relíquias de seu pai é uma cuia de chimarrão trazida da casa de seu avô, quando veio morar em São João. “Ele ainda tem como recordação uma foto tirada na casa de seu pai, com essa cuia e pilchado, e fez uma nova foto com a mesma cuia, agora em sua propriedade.”

A cuia de chimarrão trazida do RS e o baú de erva mate utilizado no transporte por tropeiros.

De acordo com Keli, passado o tempo dos rodeios, surgiu o interesse de seu Idílio por objetos antigos, no sentido de poder mostrar aos mais novos a utilidade desses instrumentos, permitindo a eles que tenham uma melhor ideia de como se vivia antigamente. 

Gradativamente, seu Idilio foi adquirindo e ganhando objetos antigos doados por amigos e conhecidos. Atualmente, o acervo conta com mais de 100 peças. Segundo ele, elas ainda serão catalogadas, processo que se atrasou em função da pandemia.

Dentre as peças do acervo há: – Instrumento de medir área (corrente com marcações);– Baú de erva mate (tropeiros)– Máquina de matar formiga (aproximadamente uns 106 anos)– Macaco (de madeira) utilizado para erguer tora (carroça de boi);– Atafona (moinho de fazer farinha, manual ou movido por animais);– Gancho de panela (pertencente aos avós do seu Idilio);– Lampiões a gasolina;– Quarta (instrumento de medida de volume); – Pessuelo (antiga mala de garupa);– Arreio selim de montaria feminina;– Máquina de costura (com aproximadamente 200 anos).

Diversas peças que ele vai adquirindo ou ganhando de amigos vão formando o acervo, que será catalogado.

 

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