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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

“Só há vantagens na castração”, afirma dr. Zanella

 

O procedimento é um método importante de controle populacional de cães e gatos.

 

 Alguns donos podem ter dúvidas sobre se devem ou não castrar seu animal de estimação, principalmente quanto ao mito que ele deixará de ser um cão de guarda, principalmente. Para o médico veterinário José Carlos Zanella, da clínica Planeta Bicho, em Francisco Beltrão e Pato Branco, quem ama, castra. “Só há vantagens na castração, só não se faz o procedimento se o animal for destinado para reprodução”, afirma dr. Zanella. 

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A cirurgia, se feita antes do primeiro cio, reduz 99% a incidência de câncer de mama em gatas e cadelas. As vantagens são inúmeras, como, por exemplo, diminui o risco de fuga em busca de parceiros e não atrai outros animais para a residência. Além disso, a castração proporciona 30% a mais de vida ao animal, pois ele não sairá tanto para a rua e isso diminui o risco de atropelamentos. 

A longevidade do animal também é maior porque, com a castração, há menos incidência de doenças metabólicas, como a diabetes. O procedimento ainda é um método importante de controle populacional de cães e gatos. “É bonito ter os filhotes, mas o dono precisa pensar que não vai conseguir achar famílias que cuidarão desses animais da mesma forma”, ressalta dr. Zanella. 

O médico esclarece que, atualmente, no Brasil, as principais causas das mortes de cães são parvovirose, verminose e atropelamento. “Com a castração, o cão sente menor vontade de ir para a rua, onde há o risco do atropelamento e do contágio de doença por outros animais.” 

Mais barato
A castração é economicamente mais viável do que o uso de outros métodos contraceptivos ao longo da vida animal. No caso de fêmeas dos cães, o anticoncepcional é dado a cada seis meses e, para as gatas, a cada quatro meses. 

Castrar engorda?
Sim. A fêmea e o macho esterilizados passam a ter maior facilidade de engordar. No caso das fêmeas, o acúmulo de gordura acontece de menor forma se ela for castrada antes do primeiro cio. “O controle do peso do animal pode ser feito facilmente com a dosagem da alimentação e com atividades físicas”, orienta dr. Zanella. 

Comportamento
A castração não tem tanta influência no comportamento das fêmeas, exceto naquelas que vivem em matilhas e tendem a ficar brigonas quando entram no cio. Quando castradas, elas não têm mais este comportamento, o que é um elemento a favor, pois evita que o animal se machuque. De modo geral, a castração não muda o feitio do animal, ele continua brincando e exerce normalmente a função de guarda da casa. 

Um dos principais benefícios da castração no macho é a contenção dele em seu território. “A esterilização irá reduzir a demarcação de território, feito com a própria urina, a qual também terá a redução de odor, pois está ligada aos hormônios”, esclarece o veterinário.

Importante ressaltar que o cão não perde suas características de macho por ter sido castrado – o procedimento traz vantagens como a redução de ocorrência de câncer de próstata no animal. O comportamento dele em relação a algumas coisas é alterado, como, por exemplo, quando antes ele tinha o habito de ficar indo até o portão o tempo todo, ficava latindo e vocalizando por pouca coisa, mas sua relação como guardião do território não muda. 

Cuidados
Se optar pela castração, o dono precisa fazê-la, de preferência, antes do primeiro cio, procurar certificar-se que o animal esteja em dia com a vacinação, verificar se o pet não tem nenhuma doença e procurar um local idôneo para realizar um procedimento seguro. Sem complicações, o animal castrado pode voltar para casa ainda no mesmo dia e retorna para a clínica veterinária após sete dias para tirar os pontos. 

Outros métodos
O dono também tem opção de outros métodos contraceptivos para seu pet: a aplicação de anticoncepcionais nas fêmeas, a utilização de comprimidos para retardar o cio e a vasectomia nos machos – o que possibilita que eles namorem à vontade. Porém, “esses métodos podem ser falíveis e aumentam os casos de câncer de mama e infecção no útero”, alerta dr. Zanella. 

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