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Francisco Beltrão
domingo, 08 de junho de 2025

Edição 8.221

07/06/2025

Tarsízio Bonetti retoma atividades em sua empresa

Ele teve que deixar até a direção da Acefb para se tratar de uma doença que, ele descobriu, incomoda muita gente, a hidropsia (zunido nos ouvidos).

Tarsízio Carlos Bonetti de volta a sua empresa, numa foto de ontem à tarde.

No início de outubro, o empresário Tarsízio Carlos Bonetti, diretor-proprietário da Bonetti Agronutri e presidente da Associação Empresarial de Francisco Beltrão (Acefb), começou a sentir um zunido nos ouvidos. O zunido foi aumentando até o ponto de levá-lo a se afastar da direção da Acefb e também da sua empresa. Ele chegou a ficar “praticamente trinta dias sem dormir”. Não descobria o que era nem como tratar. Não conseguia mais nem dirigir. Um dia chegou a pedir que o levassem para o hospital e o sedassem.

Ele começou o tratamento ainda em Beltrão e o diagnóstico da doença foi confirmada depois que amigos que já passaram por isso lhe indicaram o Instituto Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), de Curitiba. O “zunido, que era um pouco mais que um ruído na cabeça” é hidropisia ou síndrome de Ménière, doença provocada por estresse, ansiedade.

Além da medicação química, Tarsízio começou a se tratar também com psiquiatra, fazer caminhadas diárias e regular o período de trabalho na empresa.

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“Eles identificaram que era essa doença não é algo, digamos assim, nada grave, tanto é que eu estou tratando, já estou bem, voltei pra empresa semana passada. Eu fiquei uns 20 dias afastados da empresa, também pedi licença da Associação Empresarial, não tinha mais condição de responder pela Associação”, disse Tarsízio ao Jornal de Beltrão, ontem à tarde.

Nesse período de pouco mais de um mês, Tarsízio passou a conhecer essa doença que nunca antes o havia preocupado e descobriu também que tem muita gente que sofre com isso. As causas são várias. O tipo dele pode ser tratada preventivamente. “O controle da ansiedade já é meio caminho andado pro problema que é hidropisia ou doença de Ménière, que nada mais é que uma expansão de uma cavidade que tem na orelha onde pressiona; essa pressão acaba ocasionando esse ruído na cabeça. E é claro que o zunido tem inúmeras causas. Eu aqui tô falando de forma absolutamente amadora, mas tem muitas causas: pode ser a mandíbula, pode ser um problema da atividade que a pessoa exerce que tem um barulho contínuo, pode ser uma infinidade de outras ocasiões, que vai, no futuro, ocasionar o zunido. Mas a ansiedade é um fator que sempre desencadeia, na verdade, esse zunido.”

Tem controle, mas pode voltar
O ser perguntado como está, ele repete: “Agora já estou bem, já identificamos o problema. A gente observa que, em Francisco Beltrão, temos muitas pessoas com zunido e que acabam não tratando porque não têm orientação. Quem sabe até não seja alguma coisa que a saúde pública poderia trabalhar e agora existe até o mês do tratamento do zunido, que é esse mês de novembro. E que as pessoas possam ir buscar, também, tratamento, porque existam tratamentos que, de repente, não resolvem, mas que amenizam.

Então eu tenho vários amigos que também não sabiam e depois me informaram: “Ah, eu também tenho o problema do zunido”. Claro que existem casos um pouco mais graves porque eles criam um barulho, um chiado muito grande que realmente atrapalha muita a qualidade de vida. Mas, enfim, estamos tratando, não que vá resolver totalmente, não que vai ter cura, mas vai ser amenizado de tal forma que a qualidade de vida vai voltar praticamente ao normal, como antes, e a gente possa continuar trabalhando. Mas, tudo isso trouxe ensinamento pra nós na vida. Nós também achávamos que éramos um pouco heróis, né? Que podíamos trabalhar, não tínhamos problema nenhum, então agora a gente vai ter que mudar um pouquinho, com muita atividade física, controlar o estresse para ter um pouco de qualidade de vida depois desse problema, porque se a gente não cuidar, isso vai, com certeza, voltar.”

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