Geral

Por Júlio Cesar Alves
“A maior saudade é da família”. É assim que Josemar Zeminichk, motorista da Simonetto Móveis Planejados, resume os desafios da profissão de motorista. Casado e pai de dois filhos, ele lembra de vários momentos que passou longe dos familiares. “A saudade sempre é grande. Ainda bem que agora consigo falar com eles mais vezes. Antigamente era mais difícil, mas hoje em dia a gente sempre está conversando com a família.”A tecnologia trouxe muitos benefícios não só para os caminhões, que estão mais modernos. As inovações também fizeram com que o contato dos motoristas com as famílias seja facilitado. “Eu falo direto com eles. Às vezes a gente vai trocando mensagens e vou dizendo como está a viagem, onde que estou e quando vou chegar em casa. Sem contar que hoje você pode fazer ligação por vídeo e matar a saudade.”
Estar longe de casa faz perder algumas datas comemorativas. Final de ano “é mais fácil a gente passar com eles, pois a empresa está de férias. Outras datas como Páscoa, aniversário ou Dia dos Pais acaba perdendo. Por isso que quando estou em casa procuro aproveitar o máximo minha família”.Josemar veio de Santa Izabel do Oeste para Ampére há poucos anos. O ex-montador de móveis na cidade vizinha começou na empresa na equipe de montagem dos projetos da Simonetto. As viagens fazem parte do seu dia a dia desde que começou nesse trabalho. “Quando o meu filho de nove anos tinha sete dias de vida eu fiz uma viagem para o Rio de Janeiro. Fui com o coração apertado. Recentemente nasceu a minha filha e a empresa deu férias para eu curtir a família e ajudar minha esposa,” revelou.
Medo de assalto
Na conversa com a reportagem do Jornal de Beltrão, Jocemar, que após atuar na equipe de montagem passou para motorista da empresa, disse que o dia a dia nas estradas é marcado por vários momentos. “A gente passa por diversas situações, né. Nesses quase cinco anos dirigindo caminhão o que mais me assusta é o risco de assalto ou sofrer acidente. Eu me cuido, mas sempre tem o receio de acontecer algo de ruim. Graças a Deus na estrada nunca passei por nada grave.”Ele conta que uma vez furtaram o botijão de gás durante a noite. “No outro dia, quando acordei, sai para esquentar a água para fazer um café e se deparou só com a mangueira do fogão.”
Prefere rio de janeiro
Jocemar viaja o Brasil todo. Tem viagens que são para o Acre. Outras para o Nordeste e tem aquelas para o Sudeste brasileiro. Ele afirma que, apesar de ter que passar e até fazer entregas nos morros do Rio de Janeiro, prefere a capital dos cariocas. “Em São Paulo o trânsito é muito intenso e tem muitas restrições para veículos de carga. Dependendo do local da entrega você tem que esperar muito tempo para poder chegar até o endereço por causa disso. No Rio é mais tranquilo em relação a isso e facilita o trabalho.”