Diagnóstico precoce é importante para o início do tratamento.
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Outubro Rosa, Novembro Azul. Você com certeza já ouviu falar dessas duas campanhas de prevenção ao câncer de mama e câncer de próstata, respectivamente. Elas são as mais famosas das ações de saúde que trazem cores como símbolo e como lembrete de que prevenir sempre será melhor do que remediar. É por meio das atividades desenvolvidas por secretarias de Saúde, entidades e demais parceiros que, muitas vezes, a doença é diagnosticada de forma precoce e os pacientes ganham em qualidade de vida ao iniciar rapidamente o tratamento.
Em Francisco Beltrão e região, o Ceonc/Hospital do Câncer é referência na área e está empenhando cada vez mais esforços para que as pessoas procurem atendimento logo que sintam algo diferente ou mesmo façam exames regulares, para evitar que a doença seja descoberta em estágio avançado. “A partir do momento em que o paciente entra em nosso sistema, a gente não leva mais que 30 dias pra fazer o diagnóstico, e a partir do diagnóstico a gente não leva mais que 20, 25 dias pra iniciar algum tipo de tratamento. Vai variar qual é o tipo de câncer, pra saber qual é o tratamento, se vai iniciar quimioterapia, radioterapia ou cirurgia. Não conseguimos iniciar antes porque, muitas vezes, o paciente precisa fazer outros exames pra entender se o câncer pode ou não estar espalhado. Esse tempo é necessário pra poder fazer um check-up”, diz Cinthya Hech, enfermeira e gerente de serviços do Ceonc.
O Hospital do Câncer de Francisco Beltrão conta com 100 profissionais e atende pacientes de 27 municípios da microrregião. Diariamente, são feitos 120 atendimentos ambulatoriais e 40 sessões de quimioterapia. As cirurgias chegam a 250 por mês. Cerca de 98% dos atendimentos são feitos através do Sistema Único de Saúde (SUS). O hospital possui seis leitos de UTI e 21 de enfermaria. Um equipamento para radioterapia também já está instalado na unidade, mas aguarda liberação do governo federal para início das sessões. Quando isso acontecer, 99% dos pacientes da região que vão a Cascavel, para receber o tratamento no Ceonc, passarão a se tratar em Beltrão.
Cuidado além das campanhas
De acordo com Cinthya, as campanhas de prevenção funcionam bem, especialmente a do Outubro Rosa, porém, “a única coisa que a gente precisa cuidar, que é um lema de todo mundo que trabalha com oncologia, é que não é só no Outubro Rosa que a gente tem que lembrar de fazer a mamografia e de fazer o preventivo, o cuidado com o corpo é o ano todo”.
Na região, o câncer de mama é o que mais atinge as mulheres e o de colo de útero também tem se tornado frequente. “Como temos um Sistema Público de Saúde bastante eficiente, apesar das reclamações, conseguimos fazer campanhas e até mesmo a mobilização dos postos e dos PSFs, na coleta dos preventivos, e pegar as lesões precursoras dos tumores. Isso me ajuda a tratar pacientes antes de terem câncer, essa paciente não vai precisar de todo aquele tratamento de oncologia. Nós também temos o serviço de mamografia e conseguimos rastrear esses pacientes de uma maneira ainda mais rápida. A partir do momento que eu tenho um exame de mamografia alterada, já consigo puxar essa paciente pro serviço, pra fazer a investigação. E isso acaba fazendo com que a gente diagnostique mais cedo e tenha uma sobrevida, um prognóstico do paciente bem mais favorável”, afirma Cinthya.
