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sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

”Tomei cloroquina e melhorei”, diz empresário amperense que mora em Beltrão

Segundo André Jones Barbacovi, que já se recuperou do coronavírus, se esperasse sete dias para receber o resultado do exame, a situação poderia ser pior.

André Jones Barbacovi ficou 11 dias internado na Policlínica São Vicente de Paula, em Francisco Beltrão.

Foto: Adolfo Pegoraro/JdeB

Dois dias antes da Páscoa, o empresário André Jones Barbacovi estava na casa de sua mãe, em Ampere, quando reclamou da falta de sal na comida. Depois ele descobriu que tinha perdido o paladar. Depois veio a febre, diarreia, dores no corpo e dor de garganta. No dia seguinte, André já ficou isolado e, no sábado, foi ao hospital, procurou a Policlínica São Vicente de Paula, em Francisco Beltrão, onde reside.
“O doutor Dalberto Dassoler disse que só faltava a tosse pra eu ter todos os sintomas do coronavírus. Aí entramos com medicamento e fizemos exames, fiz o exame rápido, uma tomografia e o PCR, que vai para Curitiba e demora sete dias para voltar. Mas eu acho que começar com o medicamento antes de chegar o exame foi o que me salvou, porque eu comecei a melhorar. Se eu fosse esperar sete dias pra chegar o exame, pode ser que meu pulmão já tivesse tomado pelo vírus”, diz André, que mostrou a receita para a equipe de reportagem do JdeB: hidroxicloroquina 400g; azitromicina 500g, zinco 220g, addera 7.00u e tamiflu 75g. “Comecei a tomar rápido a cloroquina e não tive falta de ar, todo mundo acha que não funciona, mas eu assinei a autorização pra tomar o medicamento e melhorei”, complementa.

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Teve um momento em que o sangue começou a coagular, por causa da ferritina alta, teve que fazer sangria. “Fui muito bem atendido na Policlínica, uma equipe preparada. Se eu tivesse em casa fazendo a quarentena, talvez não soubesse da necessidade de fazer a sangria, que pode ter me ajudado também. O atendimento deles é fenomenal, só tenho que agradecer. Os profissionais entravam e saiam do quarto se cuidando, mas sem medo. Porque se você ligar a televisão, vai ficar louco com o que estão falando”, diz André.

Ninguém mais da família pegou coronavírus
Todos os familiares mais próximos de André fizeram o exame e todos tiveram o resultado negativo para coronavírus. “A gente ficou preocupado com a minha esposa, porque ela é do grupo de risco. Dez anos atrás, ela pegou H1N1”, conta André, que teve que lidar com preconceito na sociedade: “Em Ampere eu tive que escutar que eu não tive essa doença, que eu estava inventando pra me auto-promover. O preconceito é muito grande. Sem contar o pós-doença, você fala que sobreviveu ao coronavírus e as pessoas ainda dão um passo pra trás quando me encontram na rua. Até você explicar que já está curado, que não transmite mais, gera um desconforto.”

“Pior é se contaminar com notícia ruim”
André é sócio-proprietário da Libertthy e da Ópthy, duas marcas de camisa, com indústria em Ampere. A empresa tem 85 funcionários e ele foi o único caso confirmado de coronavírus. Por curiosidade, tem na empresa dois casos confirmados de dengue, outro problema sério na sociedade e que, por conta da Covid-19, acaba passando despercebido. André conta que seu sócio preferiu não deixar os funcionários em casa. “Nós não fechamos a empresa, passamos a produzir jalecos para a saúde. Além de ajudar quem está precisando, a gente manteve os funcionários longe de uma contaminação pior, que é a notícia ruim que você acompanha na televisão. Se eles ficassem em casa assistindo tv, iam ficar loucos e não conseguiriam mais sair de casa.”

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