Iniciado há cinco anos, o Condomínio Comercial Solaris trouxe uma série de inovações que fizeram o prédio ser eleito Destaque do Ano em 2019, às vésperas da conclusão.
Ao responderem qual edifício deve ser o Destaque do Ano, geralmente os leitores do Jornal de Beltrão apontam o prédio mais imponente, bem localizado ou que possui linhas e formas modernas. No entanto, os atributos que fizeram o Condomínio Comercial Solaris merecer o prêmio em 2019 não são somente os aparentes e estão desde o modelo adotado para construção da obra até a proporção maior de vagas de garagem – são quatro pisos de estacionamento.
Em fase final de conclusão, o edifício se destaca por trazer alguns conceitos inovadores em sua execução, iniciada em 2015. Foi um dos primeiros prédios da cidade a usar o modelo de laje protendida, que agiliza a obra e reduz o número de pilares. Isso permite que cada sala tenha vão livre e possa ser configurada da forma mais conveniente para o proprietário.
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O número de vagas para carros também chama a atenção: são 129, distribuídas em quatro pavimentos – uma relação de duas vagas para cada sala. O Solaris foi construído na esquina das ruas Palmas e São Paulo, numa área que pertencia ao dr. Euclides Scalco. O terreno foi adquirido pelo idealizador do projeto, o empresário e corretor imobiliário Romeu Lauro Werlang, da Imobiliária Mauá.
“Como teríamos dificuldade em vender um terreno tão grande, resolvemos fazer o projeto do Solaris, ir atrás dos investidores e adotar um modelo de construção que hoje nos permite ter uma obra de melhor qualidade a um custo menor que o do mercado”, afirma Romeu.
Isso porque o edifício foi construído por conta própria. Cada um dos mais de 40 investidores pagou o valor referente à chamada fração de solo do terreno e depois de iniciada a construção pagava uma espécie de parcela mensal, de acordo com o CUB (Custo Unitário Básico da Construção). O próprio grupo contratava o pessoal que trabalhou no prédio – chegou a ter 35 funcionários diretos – e tratava diretamente com os fornecedores sobre quantidades e preços. Tudo acompanhado por uma comissão de compras e com decisões tomadas em assembleia entre os condôminos.
Isso permitiu que cada investidor tivesse sua sala a preço de custo, sem atravessadores. “A principal vantagem é que conseguimos diluir o valor dos espaços ao longo dos quatro anos de construção, pagando diretamente ao grupo e, consequentemente, repassando aos fornecedores”, comenta o síndico Evandro Marchioro, proprietário de quatro salas no Solaris.

No centro da foto, o Edifício Solaris.
Foto: Leandro Czerniaski
Detalhes
Além de chamar atenção por fora, o projeto também se preocupou com os detalhes, como a instalação de breezer nas janelas para melhorar o conforto térmico. Também há possibilidade de acesso às garagens pelas duas ruas; as salas possuem medidores individuais de água e luz, além de banheiros adaptados, e espaço para cozinha. Caso falte energia, um gerador próprio fornece iluminação nas áreas comuns e mantém os elevadores – com espaço até para macas – funcionando.
Agora o Solaris está próximo da conclusão e toda parte comum deve ser entregue ainda no primeiro trimestre. Depois, cada proprietário investirá no acabamento das salas comerciais, que vão receber escritórios e consultórios.
Ficha técnica
Condomínio Comercial Solaris
Endereço: Rua São Paulo/Palmas
Arquiteto: Edimar Nava (Progetto)
Engenheiro: Celso Mezzomo (KVM)
Pavimentos: 20
Salas: 62 / Vagas de garagem: 129
Área construída: 13,5 mil m²
Investimento: R$ 16 milhões