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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Um vírus em comum

Dados detalhados da Secretaria do Estado da Saúde mostram que não há corpos intocáveis pelo coronavírus. De um bebê de 3 dias até uma pessoa de 99 anos, todos estão vulneráveis à doença que marcou 2020. Mas histórias de pessoas que contraíram o vírus revelam uma outra marca: apesar de ser a mesma tempestade, os barcos não são os mesmos.

Quando o coronavírus Sars-coV-2 foi anunciado, no início do ano, não se esperava que por ele mais de um milhão de pessoas no mundo perderiam a vida. Só no Sudoeste do Paraná, foram 137 pessoas, segundo dados levantados pela Revista Gente do Sul junto à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e atualizados dia 30 de setembro. No mesmo período, pelo menos 7.675 casos positivos foram registrados na região. Esse grande grupo, porém, não é feito apenas de números, mas de vidas: interrompidas ou não por um vírus em comum.

Os dados da Sesa apresentam diferença quando comparados com os boletins de cada município. De acordo com a pasta, isso se deve à demora na atualização e repasse de informações: ou seja, os dados ainda são maiores.

Mas, de uma forma padrão, as análises estaduais e regionais apresentam um perfil semelhante dos adoecidos da Covid: a maioria é de mulheres e jovens, mas os que mais morrem, pelo contrário, são homens e idosos.

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De acordo com as estatísticas, no recorte por gênero da região, elas representam 51% dos casos totais, enquanto os homens, 48,9%. Embora a diferença de contágio não seja tão grande, nos índices mortis ela se agrava: 66,4% dos óbitos são em homens. De todas as mortes, 40 delas, uma parcela de 29,1%, foram de pessoas com idades entre 70 e 79. Esse é o maior grupo, seguido das vítimas com idades de 80 a 89 e 60 a 69.

Apesar disso, já não há corpos imunes: um jovem de 27 anos foi infectado e morreu em Francisco Beltrão; um bebê de 3 dias, da cidade de Planalto, superou a doença, mas foi o caso registrado em pessoa mais jovem.

Vítimas da doença, porém, são unânimes em um discurso: ainda é preciso se cuidar enquanto se espera uma vacina. Na história de sete vidas diferentes, a reportagem mostra como na tempestade Covid-19 os barcos não são os mesmos.

 

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