
No próximo dia 30 acontece mais uma reunião entre as famílias de agricultores que terão suas terras alagadas pela Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu, em Capanema, para tentar um acordo com a empresa sobre os valores das indenizações. O encontro terá a presença da prefeita Lindamir Denardin (PSDB) e demais lideranças municipais.
Os proprietários da área onde está o canteiro de obras já negociaram individualmente, entretanto, ainda existem 90 famílias, só do município, que deverão deixar suas terras a partir de 2015, que não aceitam a proposta inicial da empresa Geração Céu Azul, que integra a holding do grupo Neoenergia.
De acordo com a prefeita, o governo do Estado já determinou que técnicos da Emater e Secretaria Estadual de Agricultura participem do processo de avaliação das terras. “Acredito que está muito perto de um acordo, defendemos um valor justo para as propriedades e a empresa nunca se omitiu de negociar.”
A empresa ainda tenta reverter na justiça decisão da 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que suspendeu a licença de instalação da Usina Hidrelétrica de Baixo Iguaçu emitida pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Conforme a decisão, faltou no licenciamento a prévia manifestação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pelo Parque Nacional do Iguaçu, unidade de conservação que poderá ser afetada pelo empreendimento.
O projeto da usina, entre os municípios de Capitão Leônidas Marques e Capanema, prevê o uso do Rio Iguaçu para a construção de cinco unidades de produção de hidroeletricidade, que totalizarão 6.674 megawatts de potência. As chuvas do mês de junho destruíram o canteiro de obras e muitos equipamentos foram arrastados para dentro do rio. A empresa terá que refazer a ensecadeira e o desvio do rio para retomar os trabalhos.