A mudança de ambiente e rotina pode trazer alguns riscos para os animais; o ideal é a prevenção.

médico veterinário, no qual conste que o animal está saudável.
O final do ano chegou, a Covid-19 nos fez restringir os passeios cotidianos, mas há muita gente esperando esta época para poder viajar, nem que seja por poucos dias. Esfriar a cabeça, mudar a paisagem, levar a criançada para correr, respirar ar puro. São tantas opções e, este ano em particular, parece que nunca foi tão necessária a viagem de final de ano. Porém, ainda estamos em pandemia, e este risco deve ser calculado para evitarmos transtornos indesejáveis.
Quem tem um animal de estimação já deve começar a planejar o que fazer com ele. Ambientes rurais, praias, cidade grande… Não importa, a mudança de ambiente e rotina pode trazer alguns riscos para os animais, e portanto, a prevenção sempre é o ideal. Regiões litorâneas podem trazer riscos de contaminação com parasitas transmitidos por peixes e mosquitos. Áreas rurais, as pulgas e os carrapatos são os vilões. Na cidade grande, a ingestão de protozoários por meio de água contaminada ou os passeios em parques são fontes de contaminação com vermes intestinais e ectoparasitas.
A equipe da AniMed preparou algumas orientações, confira:
Quem vai levar o animal junto?
Conforme a dra. Jéssica, quem for viajar e levar o animal junto deve se fazer algumas perguntas:
– O hotel que reservei aceita animais?
– Se vou ficar na casa de parentes, eles gostam ou aceitam animais?
– Eu vou ter tempo de cuidá-lo, mesmo com todos os passeios e atividades programadas?
– Os locais a serem visitados aceitam animais?
Caso uma ou mais alternativas destas forem negativas, é necessário repensar a viagem com o animal. Mas, se tudo estiver ok, vamos pensar nas obrigações para a viagem:
1º – Pelo Código Brasileiro de Trânsito, os animais devem viajar em caixas de transporte devidamente fechadas e proporcionais ao tamanho do animal. Como alternativa, pode-se levar o animal fora da caixa, porém, com cinto de segurança específico para animais, sempre no banco traseiro;
2º – É obrigatório portar a carteira de vacinação durante toda a viagem, sendo exigida pela legislação brasileira apenas a vacina antirrábica atualizada;
3º – É necessário portar um atestado sanitário emitido por um médico veterinário, no qual conste que o animal no momento da avaliação encontra-se saudável, está com as vacinas e antiparasitários atualizados, não apresentando sinais de portar doenças infectocontagiosas. *Este atestado tem validade de 15 dias, portanto, se sua viagem for superior a 15 dias, deve procurar outro médico veterinário para expedir um atestado para a volta.
No momento em que buscar o médico veterinário para a expedição do atestado sanitário, informe para onde será a viagem e pergunte quais são os riscos. O seu médico veterinário vai orientar se é necessário alguma vacina ou antiparasitário específico. Dr. Rafael cita o exemplo da região litorânea no Sul e Sudeste do Brasil, onde é endêmica a ocorrência de Dirofilaria immitis, o popular verme do coração. Este parasita é transmitido por um mosquito e, uma vez que o animal se contamina, as larvas se desenvolvem nos seus vasos sanguíneos e coração, podendo levar à morte súbita por embolia. Não há tratamento efetivo para os vermes adultos, portanto, a melhor forma é a prevenção. “A ivermectina é extremamente eficiente na prevenção da Dirofilariose, mas tem que ser administrada pelo menos 30 dias antes da viagem e mantida por mais 30 dias após.”
Dra. Juliane cita ainda outras questões relevantes a serem pensadas: nesta época faz muito calor e o uso de protetores solares pode ser necessário, principalmente em animais de pelagem curta e cor branca. Existem também hidratantes para patinhas, que ajudam a proteger contra queimaduras pelo piso estar muito quente. Mas é importante lembrar de evitar passeios nos horários mais quentes do dia. Ainda recomenda-se planejar a quantidade de ração necessária para o período da viagem, pois no local pode não encontrar a mesma marca e animais mais sensíveis podem não comer ou apresentar distúrbios gastrintestinais devido à mudança da ração. Ainda, cães que vomitam na viagem podem se beneficiar com o uso de antieméticos (lembrando que devem ser sempre prescritos por médicos veterinários). É hora também de verificar se a coleira, guia ou peitoral estão ok, se não estão velhas, prestes a rasgar… Procure modelos que fiquem justos e proporcionais ao tamanho do seu pet, para que seja mais confortável e evite fugas.
E quem não vai levar o animal junto?
Quem optar por deixar o animal, já está na hora de comunicar aquele parente camarada, o vizinho ou o colega de trabalho que vai quebrar este galho. Não deixe para a última hora, principalmente quem optar por deixar o animalzinho em hotéis e clínicas veterinárias, pois são poucas opções na cidade e normalmente esgotam rápido.
Dr. Rafael orienta: “Certifique-se de que a pessoa que se comprometeu a cuidar do seu animal realmente tem responsabilidade para isso. Se optar por hotel ou clínica veterinária, converse com o responsável, obtenha o maior número de informações. Lembre de levar a ração suficiente para o período, a caminha e o “paninho” preferido dele, brinquedos… Tudo isso ajuda na adaptação e torna este período mais fácil. Veja se as instalações não oferecem risco de fuga ou acidentes e principalmente se tem supervisão de médico veterinário. Lembrando que os hotéis e clínicas também exigem vacinas e antiparasitários em dia”.
A Animed oferece 20 vagas para hotel no final do ano, com hospedagem a partir do dia 10 de dezembro. Para maiores informações ligue no (46) 2601-0021 ou 99915-1157. Com tudo planejado, boa viagem!