A maior procura foi por barras.
Os empresários esperavam queda nas vendas de Páscoa em relação aos últimos anos e isso se confirmou. No Mano Manfrói, em Francisco Beltrão, a venda de ovos de chocolate foi bem inferior ao ano passado, no mínimo 30% a menos. O excedente será devolvido. “A grande procura foi por barras de chocolate para derreter e fazer ovos em casa. Saiu mais que o esperado, chegou a faltar”, afirma Mano, proprietário do mercado.
Segundo Denilso Baldo, da Rede Forte de Supermercados, as contas não foram fechadas ainda, mas a retração é de pelo menos 10%. A Rede Forte é formada por 107 lojas e isso vale para a maioria. Ele destaca que todos os anos se comemorava o aumento das vendas, mas não desta vez. “O clima não ajudou, com chuva as pessoas gastam menos; a recessão econômica falou mais alto e as pessoas optaram por barras; os preços dos ovos estavam abusivos, principalmente aqueles que vinham com brinquedos; e a Páscoa chegou numa data ruim, muitas pessoas ainda não tinham recebido e coincidiu com a volta às aulas”, explica.
Demerson Dal Berto, gerente de operações da rede Ítalo Supermercados, comenta que os ovos de chocolate tiveram uma queda de 10%, mas no geral as vendas de Páscoa tiveram um crescimento de 15% a 20% em relação a 2015. “Muitos clientes migraram para outras opções, como barras e caixas de bombom”, afirma Demerson. A rede Ítalo conta com onze lojas em nove municípios.
Ovos de colher
Mariele Zucchello Salvatti Godoi, do Ateliê Santo Brigadeiro, diz que não teve prejuízo porque trabalhou apenas com encomendas. “Eu poderia montar na hora, então não tive desperdício. A gente sempre espera um aumento de pelo menos 20%, mas neste ano as vendas de Páscoa igualaram ao ano passado.”

que trabalhou apenas com encomendas.
Foto: Divulgação/ Ateliê Santo Brigadeiro