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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Viagem de trem pela reserva ecológica da Serra do Mar completa 130 anos

A ferrovia foi inaugurada em 2 de fevereiro de 1885. A viagem entre Paranaguá e Curitiba durou 9 horas.

 

A ferrovia é considerada uma das mais ousadas obras da engenharia mundial.

 

A construção da ferrovia começou oficialmente em fevereiro de 1880. Consi­derada impraticável por inúmeros engenheiros eu­ropeus à época, a obra te­ve início em três frentes si­multâneas: entre Paranaguá e Morretes (42 km), entre Morretes e Roça Nova (38 km) e entre Roça Nova e Curitiba (30 km).

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O objetivo era estreitar a relação entre as cidades do litoral paranaense e a capi­tal do Estado, com vistas ao desenvolvimento social do litoral. Além disso, era imprescindível ligar o Por­to de Paranaguá aos estados do Sul do Brasil, para que se desse vazão à produção de grãos dos estados e, des­sa forma, garantir apoio ao desenvolvimento econômi­co da região.

Para a obra, foram recru­tados mais de 9.000 homens, que ganhavam entre dois e três mil réis por jornada. A maioria deles vivia em Curi­tiba ou no litoral, e era com­posta de imigrantes que tra­balhavam na lavoura.

O esforço e ousadia de trabalhadores braçais, enge­nheiros e outros profissio­nais resultou numa das mais ousadas obras da engenha­ria mundial.

Depois de cinco anos, a ferrovia foi inaugurada em 2 de fevereiro de 1885. Par­ticiparam da primeira via­gem engenheiros, autorida­des federais e locais, jorna­listas e outros convidados. A viagem entre Paranaguá e Curitiba durou nove horas: ao chegar à Capital, mais de 5.000 pessoas aguardavam o trem.

Em seus 110 quilôme­tros de extensão, a ferrovia guarda centenas de obras de arte da engenharia: são 13 túneis ativos e 1 desativado, 30 pontes e inúmeros viadu­tos de grande vão.

Destacam-se a Ponte São João, com 55 metros de al­tura, e o Viaduto do Carva­lho, que liga os túneis 4 e 5, assentado sobre cinco pila­res de alvenaria na encosta da rocha – a passagem por esse trecho provoca a sen­sação de uma viagem pelo ar, como se o trem estives­se flutuando. Foi a primei­ra obra com essas caracte­rísticas a ser construída no mundo.

Poucos destinos no Bra­sil têm o valor histórico dos passeios pelos trilhos da Serra Verde Express. É compromisso da Empresa mantê-lo em funcionamen­to de forma sustentável, com respeito à Serra do Mar que cerca todo o caminho e também às pessoas que fa­zem possível sua existên­cia: turistas, funcionários da Empresa e outros profissio­nais do Turismo.

Concessão da ferrovia Paranaguá – Curitiba

Em 1.996, a Rede Ferro­viária S/A (RFFSA) encer­rou suas operaçôes na Fer­rovia Paranaguá – Curitiba e teve início o processo de privatização por concessão. Ainda que o processo do trem turístico tenha sido o primeiro a ser iniciado, sua conclusão deu-se após o fim da licitação para a conces­são do trem de cargas.

A assinatura do contrato pela Serra Verde Express aconteceu no dia 1º de mar­ço de 1.997. Porém, devi­do à necessidade profunda de restauração dos vagões, a primeira viagem ocorreu apenas no dia 1º de maio do mesmo ano, com quatro va­gões totalmente recompos­tos em operação.

Ao longo do ano, os ou­tros vagões foram sendo restaurados e, no início do ano seguinte, a Serra Verde Express conseguiu operar com sua composição máxi­ma

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