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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Viagem pela América do Sul com Padre Harry

Viagem pela América do Sul com Padre Harry

Na chegada de volta a Beltrão, Padre Harry Van Briel, Luiz Risso, Eugênio Royer (com o filho Miguel, de 10 anos que foi recebê-lo) e Odair Cogo.

 

Quarta-feira 24.2.2010 – Se o caro leitor tiver cansado de tanta leitura, se ele parar por aqui, não perderá nada de notável acerca da própria viagem, a não ser que ele queira saber de algumas considerações relativas ao giro em si e aos participantes desta memorável jornada.
(1) Dos muitos giros pela América do Sul que fizemos com vários veículos (Brasília com reboque, Kombi Diesel, Ford F 1000, Renault Traffic, Mercedes 608 Motorhome, VW Eurovan), esta foi a mais curta: 6.060 km, mas nem por isso menos interessante. Uma desvantagem foi que teve, entre ida e volta, muitos quilômetros de estradas repetidas, fato que pretendemos evitar o mais possível. Também não entrar na Bolívia foi uma decepção, mas de repente foi pro bem pois teria sido um trecho bem difícil e demorado.
(2) O giro foi mais curto em tempo que o pretendido originalmente; quando mais jovem a gente tinha disposição e pique para visitar isso e aquilo e seguir aquele ou este atalho, mas hoje a tendência nossa é visitar os pontos programados e quanto antes de volta para casa. Em 14 dias, completamos o que era destinado para ser feito em 18 dias.
(3) O item mais importante: os companheiros! Companheiros?  não, pois foram promovidos a AMIGOS, para sempre. Toda a turma em todas as situações solidariamente disposta e preocupada com o bom andamento, todos sempre dispostos a fazer o que tinha que ser feito, seja nos cuidados à bagagem, seja na limpeza e ordem no carro, seja no volante, seja depois de um dia cansativo procurar pousada, seja a se contentar com as refeições precárias dentro do carro andando às vezes, seja a aceitar unanimemente as decisões da maioria, e por sorte não tinha nenhum roncador para atrapalhar o sono nos apartamentos de quatro. Não menciono ninguém nominalmente, pois este simples fato faria distinção, e todos foram perfeitos. Só em um detalhe aconselho o leitor, se achar útil, interpelar cada um sobre os banhos tomados no Pacífico: como eu tinha as vezes outros interesses como com ?los muchachos freteros?, não pude sempre espiar em volta para ver as atividades dos companheiros, prefiro calar! Para evitar perguntas incômodas: eu por mim, molhei os sapatos.
? O trajeto deste dia, resumido: contornamos as capitais Jujuy e Salta (pena que não a visitamos) e pelo resto do dia atravessamos de novo o Chaco, desta vez bem menos quente pois chovia, contornamos Resistência, passamos a grande ponte sobre o Rio Paraná e seguimos a ?circunvalacion? de Corrientes onde não achamos hotel e fomos mais 60 km para frente até Scorza-que, onde, por sorte, tinha jantar e pouso, já eram 22 horas. Scorza-que é uma expressão usada em regiões onde se fala o idioma Guarany (pronuncia-se qüe) indicando um local que era de tal, neste caso lugar que era da serraria de Scorza. 1.005 km hoje.

Quinta-feira 25.2.10 – Faltam 600 km até em casa. Depois do café na pousada onde dormimos mais uma vez os quatro no mesmo recinto percorremos rapidamente a distância até Posadas, passando por Ita Ibaté, lugar de pesca no Rio Paraná bem conhecido por muitos do Sudoeste do Paraná. Um giro pela cidade Capital da província de Misiones para comprar algumas coisinhas em supermercado, e mais adiante a cidade de San Inácio com as ruínas jesuíticas mais bem conservadas e exploradas da região, mas o preço é muito alto, foram essas as duas paradas rápidas; desistimos de visitar as ruínas pelo alto preço e o tempo que iríamos gastar nisso. Em Jardim América, almoço de parillada, a boa carne argentina assada; em Eldorado abasteço e pelas 15h30, depois de algumas compras no comércio em Bernardo de Yrigoyen, entramos de volta no Brasil; a primeira ação é naturalmente ligar pra casa, e pelas 18h entramos na querida cidade de Francisco Beltrão. 628 km feitos hoje.
O total da viagem foi de 6.060 km (incluído o trecho de 200 km com a lotação); isso faz uma média de 433 km diários, mas descontando os dias de descanso e de parada, que são cinco, temos uma média dos dias de deslocamento de 673 km. Feitos os cálculos das despesas e divido por quatro, dá um gasto de + ou ?  2.600 Reais por pessoa, tudo incluído.
? E o nosso veículo, a Eurovan VW, como se comportou? Visto a sua relativamente baixa cilindrada de 2,4 l (74 HP), que é suficiente para altitudes baixas em condições normais, mas insuficiente acima dos 2.500 m, ele se comportou bem, suportou de maneira admirável as ásperas condições de altitude e frio; a combustão imperfeita por falta de oxigênio provocou acúmulo de carvão dentro dos cilindros que fez o motor falhar; quando voltou a condições normais de velocidade e rotações elevadas, a máquina se limpou por si e retomou suas condições de sempre. Não aconteceu nenhuma avaria, fomos e voltamos do mesmo jeito e o carro está como sempre.
A viagem, realizada de 12 a 24 de fevereiro, contou com Padre Harry Van Briel (75 anos), Luiz Risso (65), Odair Cogo (60) e Eugênio Royer (51).

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