Elemento tem várias características, mas talvez, a que mais o valorize no mercado seja a versatilidade e a elegância.

A arquitetura se moderniza constantemente, e com certeza, um dos elementos mais presentes nos projetos são os vidros. Eles estão por toda parte: fachadas, estruturas, paredes, pisos, objetos decorativos, escadas, enfim, pra onde se olha lá estão os vidros, com sua beleza e versatilidade.
Atualmente, fica difícil encontrar um só projeto que não tenha o vidro em destaque, comenta a arquiteta e urbanista Dayene Lanhe. Para ela, o elemento está tão em evidência porque consegue trazer vários benefícios em apenas um produto. As principais características, segundo a profissional, são: luminosidade de fora para dentro dos ambientes, proporcionar conforto térmico por meio da ventilação de grandes aberturas, integrar espaços internos e externos e ainda, são muito bonitos e deixam a arquitetura com aspecto clean. “O vidro é um elemento que transmite leveza, harmonia, elegância e sofisticação.”
Dayene garante que além de ser um material bonito e com todos os adjetivos citados acima, o vidro é de fácil manutenção (limpeza) se houver alguns cuidados. E o melhor: tem grande durabilidade.

Como ele poder ser mais bem aplicado na construção civil?
Quando se imagina o projeto de interiores, o vidro tem várias possibilidades. Aliás, é nos ambientes internos que o elemento traz elegância, leveza e deixa tudo mais sofisticado. Experimente usar o vidro em escadas e mezaninos. Segundo a arquiteta, o mesmo dará a sensação de estar “flutuando ao caminhar”. Pisos em vidro também ficam legais em halls de entrada e especialmente para serem usados em eventos. “É muito bacana, e sob ele conseguimos jogar iluminação e elementos decorativos, como pedrinhas, cores”, explica Dayene.
Outra aposta do vidro é na fabricação de móveis, como mesas centrais, laterais, de refeição, bancadas, aparadores, painéis. Também se usa vidro em elementos decorativos como esculturas e vasos. Conforme a arquiteta, em banheiros, o elemento está presentes em cubas e bancadas. “Também é possível fazer a separação de ambientes com paredes de vidro; lembrando que estes podem ser coloridos ou incolores.”
Elemento coringa
Seja na parte externa ou interna dos ambientes, o vidro tem o poder de integração, graças a sua transparência. Nos projetos assinados por Dayene, o vidro é elemento coringa, porque a profissional prioriza muito a ventilação e a iluminação. “Gosto também da integração espacial e visual do ambiente interno com o externo. Gosto de pensar que por onde você esteja na casa consiga ter um visual do jardim ou piscina.”
Vidro: beleza e segurança andam juntas
O vidro é resistente, mas é preciso seguir regras para torná-lo ainda mais seguro. Especialmente na utilização em sacadas, corrimões e guarda-corpos ele precisa ser bem executado na obra para não ocasionar nenhum problema futuro.
Dayene explica que existem dois tipos de guarda-corpo no mercado: os encaixilhados (preso em toda a sua

extensão em estrutura de alumínio) e os engastados (embutidos apenas em um ou dois lados) – nestes, são usados poucos elementos metálicos ou estruturais, deixando, então, essa função ao vidro. Nesse caso, é necessário que o material seja um laminado de temperados para resistir aos esforços.
É necessário seguir uma norma técnica para sua aplicação. A norma a ser seguida é a NBR 14718, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que fixa condições exigíveis para a instalação de guarda corpos em edificações para uso residencial e comercial.
Para resumir, a arquitetura lembra a citação do gerente de Desenvolvimento de Mercado da Cebrace, Carlos Henrique Mattar. “Segundo a NBR 7199, é obrigatório o uso de vidros laminados ou aramados para esse tipo de aplicação. A espessura, ainda de acordo com essa norma, deve ser determinada pela carga a ser aplicada, bem como sua fixação.”
As cores do vidro
Usa-se muito o vidro verde e também, no passado, o fumê era o astro das construções. Hoje, se percebe que o vidro transparente, comum, voltou a ser tendência. Para Dayene, cada cor tem seu espaço no mercado, basta saber o melhor lugar para aplicá-la. “Gosto muito do vidro fumê, ele cai muito bem com branco (o eterno preto e branco)”. O vidro verde também tem espaço nas preferências da arquiteta, pois combina com o branco ou com tons que lembram café com leite.