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Francisco Beltrão
sábado, 31 de maio de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Vilmar Motta destaca importância de aprender braile

Em 8 de abril comemora-se o Dia Nacional do Sistema Braile.

Vilmar Motta, na apresentação do programa Frequência da Amizade, na Rádio Anawin.

Vilmar Motta, 42 anos, nasceu cego e o sistema braile garantiu-lhe o acesso às primeiras leituras. “Foi com o braile que me alfabetizei, que tive acesso às primeiras leituras. Hoje, com o digital, tenho mais acesso, porque o livro em braile se torna mais volumoso e o custo da produção é praticamente inviável.”

O livro Nosso Lar, de Francisco Candido Xavier, de 312 páginas, por exemplo, em braile fica em nove volumes. Mesmo no digital, ele prefere usar o leitor de telas ao invés do áudio, porque gosta de “passear” pelo livro e fazer anotações.“Aprendi a ler no Caedv; fui um dos primeiros alunos das professoras Josiani Brenner e Mariolane Beber da Silva. Destaco a importância de alfabetizar as crianças cegas em braile, porque é através do braile que a gente desenvolve os outros sentidos. Não dá pra ser somente no digital.”

Quanto à acessibilidade dos cegos, ele ressalta que é preciso melhorar principalmente a atitude com relação às pessoas cegas. “Não somos especiais, somos pessoas comuns, com necessidades específicas, que queremos e precisamos trabalhar.” Vilmar cita ainda a necessidade de melhoria nas calçadas, no transporte público e na acessibilidade digital, tanto dos serviços públicos quanto particulares, em sites e aplicativos. 

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Entre as conquistas, Vilmar destaca a lei da inclusão, porque deixou de ver a cegueira como uma doença, mas sim como limitação, mas ainda há muito para evoluir; é necessária qualificação profissional do cego, para facilitar sua inserção no mercado de trabalho. 

Trabalho 
Vilmar é locutor e escritor; há quatro anos trabalha na apresentação do programa Frequência da Amizade, na Rádio Anawin, aos sábados, das 10h às 11h30, e desde 2009 transmite a Mensagem da Tarde, às 15h na Rádio Princesa, de segunda a sexta-feira, no Programa Encontro Marcado. “Eu vivo de apoio cultural, mas algumas pessoas acham que é trabalho voluntário. Faço com satisfação a locução e os textos, é uma paixão, mas preciso sobreviver”, desabafa. 

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